A parte melhor de conhecer alguém é ir conhecendo sem nunca chegar a conhecer. É descobrir cada coisa, estar atento a cada sinal, esperar cada notícia, cada acto, cada movimento como se se estivesse a colher seixos na praia e a somá-los na palma da mão.
(...)
A parte melhor de conhecermos alguém é procurarmos, como no jogo do Wally, os detalhes, os pormenores, as semelhanças e os pontos em comum, as compatibilidades e a sintonia. E a ingenuidade de acreditarmos que as diferenças não importam para nada e que se podem diluir nos dias que operacionalizarão todas as possibilidades em aberto.
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A parte melhor de conhecer alguém é podemos ser o que quisermos, e também nós próprios, para quem chega. É poder costumizar a nova relação prontinha a estrear para que nos assente bem. É a projecção do desconhecido que somos, também.
A melhor parte de conhecer alguém é a constatação de que há tudo para conhecer. E a oportunidade de o podermos fazer.
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