segunda-feira, 31 de outubro de 2011



Ela 1 - Não. Ela desistiu de mim. Ela não me quis, certo? O que quer agora? Dizer que sente muito?
Ela 2 - Talvez.
Ela 1 - Então ela deveria ter dito isso antes. Que se lixe ela e as suas desculpas porque o que consegui com tudo o que me fez foi uma vida de merda. Não há nada que ela possa dizer que conserte isso.
Ela 2 - Querida, tu tens ido àquele lugar todos os meses. Deves querer algo dela. Mesmo que seja só para encerrar o assunto.
Ela 1 - Ok! Tens razão. Quero saber porquê... porque é que não fui boa o suficiente, porque é que ela não me amou o suficiente. É que fui, simplesmente, jogada fora.
Ela 2 - Talvez ela te queira dizer que desistir de ti foi a coisa mais difícil que teve de fazer! Eu não faço ideia de como te sentes... mas se queres saber o porquê, ela é a única pessoa que te pode responder a isso.

in One Tree Hill |Season 6, Episode 21|

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Por falar em propósitos...



P. Sawyer - Isso... isso é o que ele escreve. Mas o que ele diz é uma história completamente diferente!
H. Scott - Ás vezes as pessoas escrevem as coisas que não conseguem dizer!

in One Tree Hill |Season 5, Episode 18|

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quem me conhece sabe que uma das coisas que mais me custa é assumir e reconhecer os meus erros e os meus fracassos, com ênfase nestes últimos.
Quando já não há mais volta a dar, quando "ou é isso ou parar de viver", o meu ser inunda-se de uma necessidade de rebaixamento, limpeza de espírito e ânsia de humildade que, não é mais que deixar de lado as defesas que sempre ergui contra o mundo e contra todos.
E é isso que me estão sempre a pedir. "Fala connosco, partilha o que te preocupa".
Quando, verdadeiramente decido fazer isso (escusado será dizer que, dado o esforço colossal que cometo, quase me levo a um desaire fisiológico, literalmente falando!) tudo o que espero não é que me digam que "estás assim mas nós não pagamos patos de ninguém", com um sorriso na cara, ou que gozem dizendo "já foi, mais uma porta fechada, viste?". 
Eu estou a sofrer, porra!, e, não clamando piedade que não sou tão isenta de culpas assim, bastava umas palavras de conforto, um abraço aconchegante, uma mentira do tipo "tudo vai passar, vais ver"! Mesmo que eu queira melhorar, mesmo que eu me queira tornar em alguém mais à luz do que acho ser uma boa vivência, mesmo que por aqui passe o caminho para a cura do meu problema, nem sempre me deixam. E daqui só vai sair mais uma cicatriz. 
Porque é que quando assumimos, por palavras, que estamos a sofrer, que falhamos mais uma vez do ponto de vista profissional e pessoal, nos atacam com julgamentos baixos e quando as lágrimas inevitáveis acabam por cair, e se repara que realmente é real, é que vêm com preocupações? 
Assim não é fácil FAMÍLIA... não é mesmo! E eu estou a fazer um esforço, acreditem que estou! Reparem nisso, uma vez que seja!
É que eu ainda sonho com o dia em que posso chegar a casa, completamente esgotada e tenho ali um colo onde posso simplesmente descansar e acreditar que amanhã correrá melhor! Ainda sonho com o dia em que não tenho que passar por tudo sozinha...

Um dia, quiçá... 
...pelos vistos, ainda não é para já!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Caso me venha a casar - Parte 2...


São estes violinos e este saxofone (3.50)


Sou, indiscutivelmente, uma mulher de pormenores!  
Pfff...'Que é que se há de fazer?!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Só voltei para deixar este dia bem marcado...


6 de Outubro de 2011. 
O mundo vive uma grande perda, sem qualquer sombra de dúvida.


22 de Setembro de 2009. 
2 anos é coisinha para ser muito tempo na vida de uma pessoa. Foi o ano em que acabei a minha licenciatura e me aventurei no Mestrado que ainda não conclui. Foi o ano em que tive de voltar para casa dos papás e o ano em que fiz alguém se assumir na sua diferença. Foi o ano em que muitos dos meus amigos se formaram, houveram festas de final de curso e ambições para o futuro que se avizinhava. Nunca tive medo dele, sempre desafiei o incógnito. Foi o ano em que entalei o carro no desnível, fiz amigos para a vida e deixei entrar pessoas na minha vida que não valiam a pena. Foi o ano em que comecei a viver verdadeiramente a música e que descobri que tenho fortes motivações para mudar a realidade dos lares geriátricos deste país. Foi o ano em que me fizeram ver que eu mereço ser tratada como princesa, não podendo deixar que me tratem como segunda escolha. Foi o ano em que abusei da manteiga de amendoim e lutei ao lado do Zé para que o cancro não levasse a melhor. Foi o ano em que precisei de tirar férias sozinha, no meio do desconhecido, enfrentar os meus medos e receios e voluntariar-me a tornar a vida dos outros um pouco melhor. Foi o ano em que deturparam verdades a meu respeito, que eu tive a oportunidade de esclarecer. Foi o ano do David Fonseca. Foi o ano em que perdi o Prada naquele estúpido acidente, depois de um último encontro fugaz. Foi o ano do Festival Jota, aquele em que foi possível orar na praia, ter um workshop de fotografia, fazer voluntariado, assistir a concertos e enviar o artigo científico de lá para o orientador, para finalizar o curso. Foi o ano do baile de finalistas. Foi o ano da cartola e da bengala e do Benfica Campeão em Futsal. Foi o ano da Finlândia e de falar muito inglês, o ano em que o coração gelou com tamanhas desilusões. Foi o ano das festas de anos com motivos da Disney. Foi o ano da Milka & Mimosa. Foi o ano de começar a escrever muito e bem. Foi o ano em que pedi um saco e umas luvas de boxe para controlar os meus impulsos e ainda ninguém me ofereceu. Foi o ano em que o meu grupo de carnaval acabou e que passei a passagem de ano na Figueira, prestes a ser levada por um tornado. Foi o ano em que me inscrevi num seminário de ciências forenses e descobri que o papamóvel foi inventado por um português. Foi o ano em que fiquei fã do Palmeirim e descobri a emoção e a lição de vida do Into the wild. Foi o ano em que recebi o meu primeiro poema e assisti à primeira peça de teatro do Diogo. Foi o ano de criar momentos marcantes numa vida que é tão fugaz. Foi um ano que, mesmo bastante recheado, tinha tudo para ser recordado como um mau ano.

E, perguntam vocês e muito bem, que raio é que isto tudo tem a ver com a morte do grande Steve?! Eu explico... No ano de 2009, mais propriamente no dia 22 de Setembro, fizeram-me assistir ao seu magnífico, soberbo e humilde discurso em Stanford. Foram quase 15 minutos de extrema informação. Era demais para o que aquela cabeça podia suportar na altura. Mas não me esqueço desta minha reflexão que recordei no meu antigo blogue:

Nós somos as amizades que temos, as pessoas que marcamos, a ousadia que transbordamos. Nós somos a diferença no amor, a espera na tristeza, a esperança na desilusão dos outros. Não queremos arrogância nem prepotência. Queremos igualdade e dedicação, respeito e reconhecimento na simplicidade dos nossos actos. Será assim tão difícil de perceber que se consegue conjugar sucesso e simplicidade, humildade e grandiosidade?

E hoje, 2 anos depois, eu não mudei assim tanto o meu pensamento. Hoje, 2 anos depois, compreendo que aqueles 15 minutos foram os geradores de toda a vontade de me tornar um pouco melhor pessoa, dia após dia. Hoje, 2 anos depois, consigo viver a mensagem que ele nos deixou. Hoje consigo conectar pontos, percebo a importância do amor e encaro a morte e a perda. Hoje continuo, mais que ontem, a potencializar todos os momentos que constituem a minha vida... porque nada acontece por acaso, mesmo que só percebamos isso muito tempo depois. Todos esses momentos vêm carregados de uma lição tão forte que só não é possível mudar as nossas vidas se não estivermos dispostos a tal. Faço deste discurso a luz que me guia diariamente, lutando com todas as minhas forças na minha cura e na salvação dos outros. Não farei o trabalho de ninguém... só tornarei o ar um pouco mais agradável. Porque antes de mudarmos o mundo de uma forma grandiosa, muitos pequenos actos e muito sofrimento já foram existindo e tornando-se essenciais. Deixemos que o seu exemplo nos inunde... para sempre! Obrigado por teres tornado o meu mundo um pouco melhor, obrigado por me teres ensinado a viver dignamente iSteve! 
 
Se ainda não "perderam" 15 minutos da vossa vida a ouvi-lo, façam o favor!

PS: Venha daí a última apresentação, que me tornará numa formadora certificada!
Temos que fazer acontecer...

domingo, 2 de outubro de 2011



Adenda: O conjunto de letras que se encontra por baixo da palavra Close também é para ler!



DE COMO O BOM DA NOSSA VIDA ESTÁ MAIS PRÓXIMO DO QUE JULGAMOS...



Há alturas em que duvidamos do nosso valor e da importância que temos na vida daqueles que nos são mais queridos. Sentimos que não nos ouvem, que nos ignoram, que não aceitam nem entendem a ajuda que lhes damos. Sentimos que a distância aniquilou tudo, que os gestos rotineiros e tão dotados de amor caíram em "saco-roto", que o tempo, o afastamento e algumas más recordações superaram tudo o que de bom foi vivido. 
E isso magoa o coração. Isso dilacera os sentimentos, dilacera uma alma que é capaz de morrer para que a outra atinja as suas realizações e os seus sonhos. Isso dilacera a vontade que se tem de dar o mundo a alguém. Isso dilacera a fé!
Mas depois a vida encarrega-se de ir juntando os pequenos pedaços perdidos, fecha as cicatrizes, oferece o perdão e apela-nos, docemente, a que abramos os olhos. Encaminha-nos para junto daqueles que nos continuam a recordar, com carinho e admiração, mesmo já volvidos mais de 6 anos. E 6 anos é quase uma vida...


Festa de fim de curso. A família dela e os amigos estavam reunidos. 3 discursos. 3 momentos de choro. 2 referências, em lágrimas de alegria, à nossa amizade de mais de 15 anos, por ela e pela mãe. 2 referências à dedicação e empenho com que fazia de "secretária" de uma menina distraída. 2 referências à entrega desmedida para com as situações de doença e de divórcio. 2 referências à grandeza de uma amizade que permanece inabalável e que só peca pela escassez de momentos para a enaltecer ainda mais. 2 chamadas de atenção para que me continue a manter fiel aos princípios que sempre me caracterizaram e me fazem ser diferente e especial no meio dos mais de 30 que lá estavam.
Foi forte, foi emocionante mas, acima de tudo, foi recompensador. É claro que toda as pessoas vão mudando, umas vezes para melhor, outras vezes para pior. As circunstâncias vão determinando o tal eu que todos esperam que seja sempre perfeito... mas se formos genuinamente sinceros, puros de coração, fiéis aos princípios que nos caracterizam como seres humanos únicos e irrepetíveis não há mal, tempo ou distância que nos afastem do que é nosso. 
E aquela família é minha. Aquelas pessoas foram fulcrais para determinar aquilo que sou hoje. E quando digo hoje, digo mesmo hoje, dia 2 de Outubro de 2011. Podemos perder-nos vezes sem conta, asneirar muito, perder a fé e a determinação, perder a alegria e a motivação e andar à deriva dentro do nosso ser... mas se tudo isso for necessário para que consigamos, em paz, voltar a olhar para dentro de nós e percebermos que somos especiais, importantes e capazes de mudar o mundo de alguém, assim seja! 


Já não me lembrava de dormir com a sensação de dever cumprido há muito tempo. Não necessito de reconhecimento constante nem de grandes louvores. Necessito que percebam que quando amo tento pôr, o mais que sei, os interesses do outro acima dos meus... e sou capaz de lhe dar o mundo se ele assim o aceitar! Não necessito de autorização para cometer os meus impulsos de amor. Faço e pronto, sem esperar que com isso consiga mais amor. 
Agora o que me é mais difícil de digerir é a indiferença, mesmo que inconsciente, para com o meu esforço humilde e constante de melhoramento. Dói, magoa e vai-se superando como se pode... uns dias melhor, outros dias pior! 
Porque tudo isto que agora aqui descrevo, para um dia mais tarde voltar a recordar com carinho, só pecou pela tua ausência. Todo o sorriso posterior, o orgulho e a emoção não foram partilhadas contigo. Não fazes parte dos 15 anos volvidos mas fazes parte do presente que quero para mim, hoje! E gostava imenso que tivesses partilhado, a meu lado, este momento com eles. Eles iriam gostar de ti como eu gosto. Eles iriam perceber logo o porquê de seres tu o escolhido. 
Mas mesmo na ausência, eu retirei um ensinamento deveras interessante para uma pergunta que me foi feita recentemente: Quem é a pessoa que queres a teu lado quando os teus sonhos se tornarem realidade? Ao que eu ontem percebi, mais do que nunca, a resposta: és tu! 
Para mim faz toda a diferença... descobrir e afirmar aquilo que sempre fui, aquilo que sempre quis!



sábado, 1 de outubro de 2011




'Vai ver outra vez as rosas. 
Compreenderás que a tua é única no mundo.'


I'M FEELING THIS #12 - |Daniel Oliveira - 30 minutos de esperança e excelência|


(...) Eu não consigo estar pela metade em nada do que faço: saber que posso fazer mais e não o fazer, saber que ainda há ali algo que posso melhorar e não o fazer, mesmo que seja à última da hora e sabendo que estou a exigir demais dos que me acompanham, não dá! Não me consigo demitir das minhas responsabilidades e da minha consciência, sobretudo. Eu gosto mesmo daquilo (que sou) e que faço e o trabalho final tem que sair perfeito. (...) Foi-me exigido, desde muito cedo, uma responsabilidade em relação àquilo que fazia. Essa responsabilidade exigia, porém, uma dedicação temporal e mental que não me permitiu viver determinadas coisas. (...) 

Nós, por vezes, perdemo-nos com pormenores sem importância nenhuma... somos pouco focados. Não é difícil tomar decisões... difícil é conviver com elas! (...) Claro que algumas decisões deixaram dúvidas mas, mesmo na dúvida, eu decidi assim e não posso avaliar aquilo que decidi com 20 anos à luz daquilo que eu sei hoje. Tenho que avaliar essas decisões à luz daquilo que eu sabia naquela altura e dos dados que dispunha. (...) Os se's são apenas momentos porque não há nada a fazer em relação a isso. É tempo que eu vou estar a perder, precioso!, que não me vai levar a nada nem a lado algum. Obviamente que há se's, obviamente que eu tenho dúvidas em relação a muitas coisas que fiz, que faço e que farei! (...) 

Quanto a arrependimentos, secalhar mais pela forma do que pelo conteúdo, mais pela forma do que pela intenção. A comunicação é muito mais aquilo que os outros entendem do que nós dizemos do que aquilo que de facto nós dizemos. Porque a percepção daquilo que os outros entendem sobre o que nós dizemos é diferente. O facto de vermos as coisas como somos e não como são, secalhar estimula a que as pessoas tenham ficado magoadas em determinado momento ou que eu tenha feito alguma coisa que não seja correcta. Não era essa a intenção. A forma pode ter dilacerado o conteúdo... mas não era essa a intenção. (...) 

Mau feitio tem a ver com a exigência que se coloca no que se faz. Eu não exijo de quem eu não espero e sei que possa dar mais. É tão simples quanto isso! (...) Se a arrogância é obstinação, eu aceito que ela seja percepcionada pelos outros. (...) Eu sou como sou e lido muito mal com as cedências temporárias ou parciais de carácter. (...) 

Muitas vezes nós passamos pelas coisas e não temos a capacidade, a intuição e a sensibilidade para as viver de forma intensa. (...) Não trocava a minha vida por nada... quero é fazer mais coisas! (...) A verdade só é verdade quando está a acontecer... depois é uma ideia de verdade. (...) 

Porque não avançar? Impossível seria se não o convidássemos. Acho que tem a ver com este desejo de "eu tenho que tentar isto", senão eu vou sempre achar que talvez tivesse sido possível e eu não fiz tudo o que estava ao meu alcance para o fazer! O investimento é fundo perdido... tudo o que vier é lucro! (...) Os meus olhos dizem que o melhor ainda está para vir!