sábado, 31 de dezembro de 2011

DE AGOSTO DE 2011




Oitavo mês do ano. Foi o mês de:
  • ansiar mudar para melhor, bocadinho a bocadinho, e não ser bem sucedida;
  • não conseguir enxergar que somos o 1º plano de alguém;
  • querer que o meu avô fosse vivo para me poder abrir os olhos para a persistência, intensidade e dedicação que me caracterizam e que acabei por perder;
  • dúvidas e medos, em modo alargado;
  • Sudoeste TMN, o amor, uma tenda, um canal, uma sapateira, muito pó, muita música, alguns brindes, gin tónico, cremes, wii, maçãs, montanhas russas, raspadinhas, lixo, boas intenções, boas vibrações;
  • Algarve, primos, tempo para a família, tempo de ajuda, de salvação, tempo de refrescar as ideias, tempo de comprar livros, tempo de andar de alfa e regional, tempo de mergulhos, de óculos de sol e de protectores solares;
  • chorar ao receber, das mãos de um miúdo de 4 anos, um chapéu importante para ele, só para que não me esquecesse dele até voltar de Madrid;
  • Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid;
  • ser acolhida na casa de estranhos, só porque a mesma fé nos une;
  • fazer a viagem de Faro a Córdoba, sozinha, com a mala às costas, com um coração moribundo a precisar de ser curado, dormir num banco da estação, quase perder um dos autocarros, andar de táxi a alta velocidade, ler muito com os pés em cima dos bancos, dormir no autocarro, comprar pulseiras da sorte, descobrir novas culturas, partir uns óculos de sol e comprar um par;
  • gastar imenso dinheiro em telemóvel para ir matando as saudades que cresciam a cada dia que passava;
  • dormir em estádios de futebol e num descampado, temendo pela vida quando se levantou a intempérie em pleno Cuatro Vientos;
  • olhar para os céus e pedir a Deus, com todas as forças do mundo que tinha, que fizesse a tempestade passar, que nos desse a calma depois de toda a tormenta de calor e falta de água, e ser atendida;
  • ter medo de não voltar a ver as minhas pessoas especiais, medo de não lhes ter dito o quanto eram importantes;
  • acordar, vislumbrar um rato e acordar os demais com um ataque feio de pânico, nojo e fobia;
  • usar muito o leque;
  • ver o Papa Bento XVI, na primeira fila, sem grande esforço para tal;
  • dormir na relva dos jardins de Madrid;
  • comer Paella;
  • querer muito voltar a casa, para os braços dele;
  • sentir-me uma estranha, no regresso;
  • ele ter-me ido buscar, a meio da noite, só para ser a primeira pessoa com quem eu estaria;
  • apanhar sol em puffs, beber finos, conversar muito, sentir a areia e a água do mar no corpo;
  • não saber se vivo ou apenas sobrevivo;
  • perceber a importância e a grande necessidade de cumplicidade;
  • continuar a inundar o coração com esperança, apesar de toda e qualquer dúvida;
  • acreditar que o meu caminho se trilhará comigo sozinha;
  • aprender que não precisamos de mais isto ou aquilo, mas antes tornar fecundo o que temos;
  • relembrar o que sou, através das palavras da C.;
  • viver excelentes momentos, viver terríveis momentos;
  • te colocar, ainda mais, em tudo o que era;
  • almoços e jantares a dois;
  • viagens atribuladas;
  • ouvir que se estava disponível e disposto, não para o tal número de meses mas antes para o tal número de anos;
A frase do mês: Os bons momentos tornam os maus em pó. E os maus momentos tornam os bons em algo fantástico!

A música do mês: 



O vídeo do mês:


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