segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O que é que eu faço contigo?


Eu nem sei muito bem como é que cheguei até ao teu perfil do Hi5. Lembro-me que me saltou à vista o facto de andares na mesma faculdade que eu e eu nunca te ter topado. Assim como quem não quer a coisa começamos a falar e, às páginas tantas, já estavamos a disponibilizar realizações de sonhos um ao outro. Fizeste-me realizar o sonho de ser voluntária num dos eventos que mais ansiei desde que me conheço. Eu ajudei-te numa cadeira e ainda disponibilizei a minha companhia para uma das festas aqui da zona que querias vir. Criámos uma ligação que sempre considerei estranha porque tu também o eras. Perguntaste-me vezes sem conta como é que nunca nos tínhamos visto e eu não te sabia mesmo responder. Quando, pela primeira vez, estivemos frente a frente não sabias bem para onde olhar, a minha voz tremia assim como as tuas pernas. Estávamos a pedir para que o tempo andasse mais rápido e, quando te vi desaparecer à minha frente fiquei com a primeira sensação de vazio. Continuávamos a falar pontualmente, ora por causa da disciplina, ora por causa do tal evento. No dia dos teus anos, visto que estava de férias e não tinha nada para fazer, decidi ir ao tal sítio em que nunca nos cruzámos. E desta vez fui eu que fiz com que não nos cruzássemos. Gelei quando vi que namorávas. Gelei quando vi o beijo. Simplesmente gelei... e nunca te contei! Eu não estava apaixonada por ti... mexias era comigo e eu gostava! E agora? Agora comes e engoles Hysteria! Foste tu que suposeste que ele era solteiro... ele nunca te disse que não namorava!

Lá veio o tal evento... e eu lá tive que me fazer de forte! Sozinha, no meio de um espaço que era o teu, só suplicava para não te ver muitas vezes. E, como o destino gosta sempre de me pregar partidas, estavas precisamente acampado com os teus amigos ao meu lado. Eu evitei-te enquanto podia... e tu fizeste, certamente, o mesmo! Eu estava mesmo disposta a agradecer-te no meio daquele ambiente mágico mas, exactamente após o "Mensagem Enviada", percebi que o melhor mesmo era não provocarmos algo com o qual não saberiamos lidar depois. E ainda bem que não me respondeste!

Depois disto tudo ter acabado, vieste-me com umas histórias estranhas. Amigos metidos ao barulho dá, concerteza, merda! Grande história de que andava atrás de ti e blá blá blá. Eu, que sempre estive quieta no meu canto, que sempre respeitei a tua condição e o teu espaço, sou apelidada da tipa que te quer comer só porque sim? Se não fosses inteligente como és, já hoje não falaríamos... E, secalhar, o problema reside aí mesmo!

Agora falamos sim... mas de uma maneira intisma e estranha! Tenho sempre cravado na ideia o facto de que és comprometido mas as tuas conversas não ajudam. Queres e puxas por mim e é difícil evitar porque és tu aquele... aquele com quem sempre quis fazer "a coisa" certa, aquele que prefiro não me envolver a ter-te como "mais um" na minha vida, aquele que conjuga uma boa mente com um bom corpo... Aquele do sorriso e do olhar simples que mexem cá dentro e que simplesmente quero aniquilar. Quero mas não consigo!

Tenho pensado seriamente na maneira como o meu sub-consciente chama por ti sempre que eu estou menos bem. É terrível ligar-te e saber que estás lá... apenas momentanemamente! Mas mesmo assim, o sub-consciente guia-me até ao teu nome na lista telefónica e simplesmente carrego no verde e faço o gesto de colocar o telemóvel ao ouvido, sem qualquer vontade de travar a acção. Ouves o choro, tentas perceber o que se passa. Ou então não ouves nada e ficas com a ideia da minha paranóia. Simplesmente me respondes que não me julgas nem condenas.  

Claro que se pudesse escolheria ficar contigo, mesmo que sejas uma complicação pegada! Claro que me é difícil apagar as mensagens que mandaste desde de dia 24 de Dezembro e que me transportam para o mundo que anseio que seja o real. Claro que preferia que não tivesses lá, na terra que já foi minha, e que tivesses antes aqui... na minha verdadeira terra, no meu espaço, comigo!*


O que é que eu faço contigo, F.?*