domingo, 10 de março de 2013

Vícios que não se perdem com a idade! #2







Por mais concertos que assista, há sempre uma sensação nova que surge ao ver David Fonseca. Ontem, finalmente, vi-o a cortar, com muita ousadia, a ligação ao estigma Silence 4. 10 anos passaram desde que se lançou a solo e cresceu muito enquanto músico, passando do depressivo ao completo vulcão em palco. Vê-se o crescente aperfeiçoamento musical, vê-se a necessidade de criar diferente. A perfeita Someone that cannot love deu lugar à ousada What life is for. Ele ainda consegue arrepiar os presentes quando toca Who are you? ao mesmo tempo que os desconcentra com a Silent Void. Seguidamente o corpo pede para dançar a The 80's juntamente com a Stop 4 a minute, cujo cansaço que daí resulta aspira um Under the Willow cheio de magia própria dos confetis. O coração do fã abre-se para um dueto soberbo com Luísa Sobral e prostra-se diante das novíssimas At your door e Monday, Tuesday, Wednesday, Thursday. Foi um concerto com muito mais músicas além das 10 aqui mencionadas. Foram mais de 2h repletas de memórias, que faço questão de juntar ao diário musical que a vida me tem proporcionado viver. Depois de uma certa tristeza, que surgiu das memórias profanadas do último concerto dele a que assisti, a ligação foi restabelecida. Porque quando algo é importante e faz sentido para nós, a insensibilidade de terceiros não pode nem deve abalar. Fez-se história, mais uma vez, no Coliseu do Porto!

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