Pois bem... Noite de quinta-feira é sempre sinónimo de deitar tarde. O motivo que nos faz reunir todas as quintas é bastante forte. Eu e a M., como já vem sendo hábito, acompanhamo-nos mutuamente até ao destino, aproveitando para colocar o paleio em dia! Hoje decidimos analisar e questionar a forma como nos dedicamos ao que nos é proposto. Por muitas crises que nos dê de início, por muitas análises pessimistas que façamos, por muitas picardias que haja, o que é certo é que somos incapazes de nos contentar com o mediano. Mesmo em actos de voluntariado ou actividades que para muitos sejam banais, é difícil nos contentarmos com o simples acto de fazer; preferimos sempre o "fazer diferente", o "marcar", o "superar-nos". Não, não é uma questão de protagonismo ou simplesmente necessidade de realização pessoal; é mais uma necessidade suprema de criar uma reacção no receptor da mensagem! Sempre nos orientámos pelo lema de "deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos para os outros que nos seguem" e, isso, nem sempre se revela fácil e se traduz em saúde física. Ficamos muitas vezes de rastos, sentimos o corpo e a alma a definhar com o cansaço e com a azáfama, vivemos com o coração na boca... mas também chegámos à conclusão que, sem esta realização, os momentos não têm o mesmo sabor, não nos fazem sorrir e muito menos nos motivam. Ou pomos "tudo o que somos" nas nossas acções ou então não vale a pena! Se somos doidinhas?! Há quem diga que sim... Eu prefiro pensar que somos saudavelmente loucas e entusiasticamente dedicadas!
A felicidade vem de dentro, habita em nós, cresce internamente e liberta-se no exterior através da partilha. Quando percebemos isso tornamo-nos gratos dia após dia e podemos afirmar, com toda a confiança, que as coisas da nossa vida são coisas de gente feliz!
Toda a vida dava uma banda sonora... e a minha não é excepção! Associamos certas músicas a nascimentos, a mortes, a aventuras, a entregas, a desilusões, a tristeza, a alegria, a indiferença, a sonhos realizados, a sonhos desfeitos, a estados de alma, a estados físicos, a encontros, a desencontros, a promessas, a dúvidas, a ideias, a ideais, a julgamentos, a crises... basicamente, a tudo! Por isso tenciono, de uma forma completamente casual e desprovida de lógica temporal, eternizar momentos tão normais mas tão próprios de uma vida que me foi concedida em graça. Poderá ser um meio para me conhecerem, para conhecerem novos registos musicais, experenciarem aqueles que estavam adormecidos... e, quiçá, criarem a vossa própria playlist de vida!
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