quinta-feira, 9 de janeiro de 2014


E a saga do balcão continua! Os dias de serviço têm destas coisas. Hoje coube-me ouvir a história de uma colega de primária que terminou uma relação de algum tempo há cerca de 6 meses. Os pormenores que ela mencionava fez-me relembrar e muito o término da minha última relação. Meu Deus, como foi estranho! Já não pensava neste assunto há bastante tempo e aperceber-me do quão corriqueira e, infelizmente, normal esta situação se está a tornar, faz-me começar a achar que fui um poço intenso de sofrimento sem muita justificação plausível. Acho que destilei neste término a mágoa das frustrações acumuladas e, portanto, não se pode "dar o mérito" à pessoa em questão mas antes ao acumular de situações mal resolvidas e de uma auto-estima completamente no lodo. Agora o que me surpreendeu foi o desenrolar da conversa em si. Algum dia, naquela altura, lhe diria o que disse hoje, completamente descomplexada? Nunca. Algum dia, naquela altura, seria tão clara, real e concreta na análise da situação? Jamais. Algum dia, naquela altura, teria tamanha compaixão e abertura de mente? Deumalibre! Aquilo que a minha colega nos fez ver foi que a vida tem os seus percalços e é a aprendizagem, tantas vezes à força, que nos encaminha para a maturidade e nos faz melhores pessoas. Tão mais humildes quanto a mágoa que um dia nos deixou sem ar, sem sono, sem fome e sem rumo e que, um dia, é superada!

Sem comentários: