segunda-feira, 27 de junho de 2011

De casos como o do Angélico...


Não consigo "entrar a matar", com uma atitude crítica à irresponsabilidade do moço! Sim, como muitos dizem, já tem idade para ter juízo, para não "esticar a corda", para não pôr em jogo a vida daqueles que transporta. Mas no fim de contas, a única coisa que aqui importa é o futuro das vidas envolvidas. Depois do "mal feito", chega de teorias, chega de atitudes que se poderiam ter tido, chega de críticas, chega de lições de moral. Se formos por essa ordem de ideias, em 1999, quando a minha irmã foi atropelada à minha frente, deveriam ter acusado os meus pais de má conduta, isto porque colocarem uma menor a tomar conta de outra menor, que lhe permitiu atravessar a estrada para o outro lado para não apanhar sol e nem sequer foi com ela, é algo propício a acidentes a 200%. Pois bem... eles não pensaram nessa situação, como eu não pensei nela quando a deixei sozinha... mas quem é que adivinhava que ela atravessaria a estrada, coisa que nunca fazia sem alguém ao lado a apertar-lhe a mão para se sentir segura?! Mas voltando ao rapaz... se ele soubesse que o pneu iria rebentar, concerteza não iria tão depressa. E o facto de ser um carro descapotável também não ajudou. Critico sim a falta de uso de cinto de segurança que, como se pôde ver, foi decisiva... mas até mesmo isso é escusado! As pessoas que passam por situações destas depressa aprendem e ainda mais depressa se culpabilizam por nada terem feito para evitar o sucedido. Deixemo-nos de ser velhos do Restelo. Já basta o sofrimento que tudo isto acarreta... Se somos seres humanos, compadecemo-nos com a dor... Um dia ele, outro dia qualquer um de nós... porque até mesmo com exemplos próximos, todos sem excepção, acabamos por ir esticando a corda, tendo comportamentos um pouco irresponsáveis, uma vez por outra, mesmo que não nos apercebamos! Um dia também pode ser fatal para os nossos lados e, nessa altura, passamos a odiar todos os falsos moralistas que teimam em opinar... e eu que o diga!

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo contigo.
O que me irrita no meio disto tudo é a comunicação social que só se lembra de mencionar o Angélico.Então e o resto dos ocupantes não são gente?Não teem vidas nem famílias?
E outro aspecto são os fabricantes dos automóveis.Apesar de saberem das altas taxas de sinistralidade devido ao excesso de velocidade, continuam a produzir e comercializar viaturas que podem dar até aos 300km por hora!Que exagero!Quem precisa disso?Nem os profissionais de corridas,quanto mais as pessoas normais.

Cecília Fernandes Vigário disse...

Eu só falei no Angélico porque o facto de ser figura dele leva a que todos falem dele, para o bem e para o mal. mas sinceramente, se não falassem, era um bem que faziam à humanidade. Aquela gente já está a sofrer horrores e ainda tem que levar com estes moralistas de bancada que criticam tudo e mais alguma coisa e ainda gozam com a situação. Sendo assim, não falarem dos outros, para mim até é uma benção ;) * E os fabricantes o que vendem é a super genialidade de que, por momentos, podemos ser super herois e voar... Há muitas vezes que acaba mal! :( Enfim...