Eu já fui uma devota do hip-hop. Por volta dos 14 anos foi-me dado o cd de lançamento da carreira do Eminem, por um primo dos EUA. Primeiro estranhei, depois entranhei. Toda aquela bibliografia redigida no refrão e nas estrofes de cada música, catapultava-me para uma visualização mental de uma vida. Não importava se era boa ou má. Era uma vida com os seus defeitos e as suas qualidades, com as suas alegrias e as suas tristezas, com momentos marcantes que jamais serão esquecidos. Cantava-se as mortes e os nascimentos, os erros cometidos e os arrependimentos. Reflectia-se num passado cruel e doentio e perspectivava-se um futuro mais próspero para as gerações seguintes. Usava-se as lições de vida como um abre-olhos. Era intenso. E eu gostava daquela envolvência, daquele "partilhar de uma vida". Eu ouvia-o e entendia-o. E o mesmo volta a acontecer, 10 anos depois, com toda esta carga emocional, num pré e pós sentimento de uma situação tão minha conhecida. Gosto da forma como esta música arrepia, como este vídeo mexe cá dentro.
Do que estás à espera, Putin?
Há 16 horas
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