sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Serviço Público! (que ninguém me pediu) #2


Os dias 11 e 12 primaram pela cedência ao pecado da gula. Como é mais que normal nesta altura do ano, os jantares de natal sucedem-se. Desta vez foi tempo de rumar a Coimbra, a minha eterna cidade, e juntar-me a 4 grandes seres que marcam a minha vida de uma forma incomparável. Companheiras de viagem académica, estiveram presentes em bons e maus momentos. Aturaram crises, sorrisos, alegrias, choros. Aturaram mau feitio, dedicação, carinho e amuos. Estiveram presentes em grandes vitórias e apoiaram certas derrotas incompreensíveis, à luz do tempo. São seres únicos que não se cansaram uma única vez de caminhar lado a lado. São seres que, simplesmente, se encaixavam. E a prova disso é que todos os anos há um esforço para se reencontrarem. 

Este ano não foi excepção e escolhemos a República da Saudade para o jantar. Deste sítio realço a excelente decoração: o Zeca Afonso, as sebentas com as fitas coloridas, as paredes tatuadas, cultivando assim nostalgia em qualquer coração eternamente estudante. Destaco ainda a impossibilidade de se ficar com fome, tal era a variedade de grandes petiscos a que fomos sujeitas. 


Mas o momento fofinho destes jantares é sempre aquele em que trocamos miminhos entre todas. A mim calhou-me doçuras em forma de rena, de pai natal e de cognac, um mimo para a árvore de Natal e uma sineta para quando quiser beijinhos! Acho que não me podia ter saído melhor presente. 


A noite acabou com uma visita ao The Rock Planet. Enquanto estudante de Coimbra, sempre conheci o espaço como sendo a Via Latina, uma discoteca com a particularidade de, em todas as quartas feiras, dedicar a noite ao Kizomba. Quando entrei no novo espaço fiquei incrédula com a mudança soberba a que o sujeitaram. Fizeram 3 pisos, com uma decoração a roçar o londrino, tendo a benéce de ser também espaço para café descontraído. Ficámos fãs. 




E depois de uma noite bem dormida, no sofá de sempre da Irmandade, toca a dar um volta para ver se se encontram prendinhas para o Natal dos mais especiais. Sorte das sortes, ficou tudo tratado de uma só vez. E como comprar cansa, a fome começou a apertar e eis que surge a segunda experiência gastronómica. Dona Especiaria é um recanto numas ruelas próximas do Quebra-Costas. Visto de fora, ninguém adivinha o que aqueles poucos m2 têm à nossa disposição. Um ambiente intimista, muito rústico, que prima pela simpatia e atenção dispensada pelo empregado. A isto juntamos a particularidade de servirem infusões deliciosas, abusarem do azeite e das especiarias pouco usuais e fazerem a mousse mais maravilhosa que comi até hoje. Comi tudinho o que me serviram o que é raro em mim o por ser pouco mas antes por ser uma refeição bem repartida, com comida bastante mas leve. Saí de lá satisfeita, evitando enfartamentos e sensação de peso. Aconselho vivamente... sairão de lá encantados!

E foi assim o regresso à capital dos estudantes! 
Será sempre um privilégio voltar a ver-te Coimbra...

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