sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tempo de mudar...




É terrível a sensação de erro quando o que mais se fez foi estar demasiado atento (ou não!) para não errar. Numa atitude destas perde-se toda a naturalidade característica do ser, perde-se ousadia e a diferença característica. Surgem revelações obscuras de personalidade que têm o único propósito de mostrar que ainda há muito para ser melhorado e que aquilo que queremos aniquilar, na verdade, corrói-nos as entranhas e continua a ganhar. Mas já foi dado a esse "aquilo" demasiado tempo de antena, demasiada capacidade de manobra e demasiada importância para o bem que nos faz, que é nenhum! 
É tempo de encarar o futuro como um bem promissor, recheado de novas pessoas e novas oportunidades. É certo que já deveria ter sido feito há cerca de 8/9 meses atrás... mas toda a aprendizagem que tem sido realizada no decorrer desse tempo (tão longo para uns, tão curto para outros) foi essencial e verdadeiramente aplicada, resolvendo particularmente os pequenos "senão's" de uma vida que se cansou de viver atormentada com o medo do incerto, do incógnito e da perda. É tempo de sair do casulo, olhar para o lado do outro que tanta vez foi deixado para trás.
Mesmo no meio da turbulência que magoa, que nos faz vacilar na fé que depositamos em algo que sabemos piamente que nos preenche e faz feliz, é também nessas alturas que reencontramos a paz... a paz da mudança que ocorreu e que não era vista como tal!
Secalhar roço um pouco a loucura, quando me debato com a fácil capacidade que me assiste de transformar o que de menos bom me acontece em algo bom, numa aprendizagem ou numa força motivadora de mudança. Para a maioria dos seres humanos passa-se exactamente o oposto.
Sofro também de uma consciência tardia, e muitas vezes lenta, de valorização do que me é importante. A vida a 1000 que levo para umas coisas, faz-me andar a 100 para as outras que, pelos vistos, são aquelas que depreendem uma maior dedicação e entrega.
Há que começar este novo ano laboral com a forte certeza do que realmente vale o tempo dispensado, gerindo agendas, não de uma forma louca mas privilegiando o essencial, o  útil, o importante. 


Porque ninguém me vai devolver o tempo perdido, nem a oportunidade ultrapassada.

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