quarta-feira, 28 de setembro de 2011



Sou uma pessoa estranha, eu sei que sim! As problemáticas que fazem muita gente temer arriscar, são para mim razões para sentir motivação. 
Um dia falaram-me do medo que sentem quando têm pouca coisa em comum com alguém. Eu simplesmente disse que não conseguia perceber a razão para tal. É certo que as coisas que temos em comum com alguém nos dão uma segurança e um conforto diferentes, fazem com que tenhamos um contacto mais alargado e sistemático e que nos identifiquemos com certas escolhas e acções. 
Mas... e o resto?! Quando nos cansarmos de nós mesmos, quando necessitarmos de recorrer ao outro para ter uma lufada de ar fresco, quando for imprescindível viver coisas diferentes?
Do meu ponto de vista, quando alguém é bastante diferente de mim, sinto que tenho um mundo inteiro para descobrir! Entusiasma-me o facto de poder conhecer as diferenças, as visões, os hobbies, as ambições, os desejos. Abro-me completamente à aprendizagem que me podem ensinar, aos novos horizontes que me podem mostrar. E aí fico, ansiando cruzar o meu pequeno mundo com aquele pequeno mundo, para que assim possamos criar os nossos pontos em comum, aqueles que só existem porque as nossas personalidades e as nossas vidas se juntaram. E isto só está acessível à unicidade que nos caracteriza. 
Tenho medo sim que percamos tempo a encontrar os pontos que nos afastam, valorizando-os demais, enquanto podíamos usar esse tempo para criar pontos de união, aqueles que interligam, por exemplo, a arte desportiva com a vontade de a integrar, a espiritualidade com o talento de criar música, a vontade de comunicar com a ânsia de mudar.
Valorizo mais o potencial de algo do que o fim em si mesmo, é um facto... daqueles que dificilmente mudarão!

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