Vi-te iniciar esta caminhada em Roma, enquanto presidias ao último adeus ao inesquecível João Paulo II. Fui sempre bastante apreensiva quanto à tua forma rígida de ser mas as tuas palavras deixavam-me sempre a pensar. Contactei contigo em Madrid e fizemos parte da mesma tempestade. Deves ter partilhado algum do meu medo. Hoje digo-te adeus, garantindo que entendo o porquê da tua decisão e respeitando deveras a tua coragem. Para muitos é uma afronta, motivo mesquinho para falarem de ti mais uma vez. Eu admiro a lucidez da decisão. Falamos tantas vezes da necessidade de mudança, de adaptação da Igreja e, quando esta surge, não sabemos como a aceitar, desatando a criticar, a atingir. Vai Joseph, segue o teu coração. Recordarei a forma como superaste as expectativas que tinha a teu respeito. Reza por todos nós.
A felicidade vem de dentro, habita em nós, cresce internamente e liberta-se no exterior através da partilha. Quando percebemos isso tornamo-nos gratos dia após dia e podemos afirmar, com toda a confiança, que as coisas da nossa vida são coisas de gente feliz!
Toda a vida dava uma banda sonora... e a minha não é excepção! Associamos certas músicas a nascimentos, a mortes, a aventuras, a entregas, a desilusões, a tristeza, a alegria, a indiferença, a sonhos realizados, a sonhos desfeitos, a estados de alma, a estados físicos, a encontros, a desencontros, a promessas, a dúvidas, a ideias, a ideais, a julgamentos, a crises... basicamente, a tudo! Por isso tenciono, de uma forma completamente casual e desprovida de lógica temporal, eternizar momentos tão normais mas tão próprios de uma vida que me foi concedida em graça. Poderá ser um meio para me conhecerem, para conhecerem novos registos musicais, experenciarem aqueles que estavam adormecidos... e, quiçá, criarem a vossa própria playlist de vida!
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