Sai-se do carro. Tranca-se a porta. Os pensamentos voam. O telemóvel toca. És tu. Atendo e trocamos umas palavras rápidas. Querias saber onde estava, querias saber se o meu atraso de sempre se cumpria mais uma vez... mas não! Estava a chegar ao pé de ti. Como eterno cavalheiro que és, esperaste-me ao pé das escadas. Demos um beijo rápido e subimos. Aquela silhueta de puto malandro, aquele sorriso sincero mas cheio de saudades. Máquina avariada, corrida desenfreada para o outro lado, corrida desenfreada para este lado e finalmente paramos no nosso sítio. Viajamos e não conseguimos desgrudar. Vem a vontade de fumar, a crítica à poluição do meu ar, a concretização dos afazeres do dia e a viagem de regresso. Olhos fixos numa revista super interessante e o aumento da líbido a cada página que líamos em conjunto. Os 5 sentidos a serem deveras testados, a serem postos à prova naquele ambiente social demasiado povoado. Anseia-se espaço, tempo, dedicação pessoal. Sai-se, desce-se as escadas, encosta-se ao carro como que a pedir mais um pouco de presença e surge um misto de reacções quentes no frio gélido do espaço natural que nos envolve. Adiamos o desejo, colocamos a vontade em stand by... porque a diferença daquilo que nos une, relativamente ao que temos vivido até hoje, é que não temos pressa para chegar a nenhum lugar. O hoje é o essencial... Criar é a meta... *
Do que estás à espera, Putin?
Há 23 horas
3 comentários:
É sem dúvida um texto muito bem escrito. Seduz! É teu?
Adorei o texto!!!!!
Bom 2011!!!
Francisco sim é meu! ;) Tem dias que a inspiração povoa o meu ser ;) *
Inês Obrigado... ;) *
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