São tantos sonhos, tantos planos, tantas vontades. Eu poderia desistir de tudo, mas escolhi permanecer na luta. Vivo em conflito com esse mundo sujo, onde sonhos são mortos por palavras que saem da boca de seres cruéis. Seres que colocam seus sonhos no lixo, e por diversas vezes insistem em colocar os do próximo também. Seres com a alma cinza, sem nada de bom para oferecer. Seres que trocaram o coração de carne por um coração de pedra. Abriram mão do amor para viverem com um coração vazio. Seres incapazes de dar um passo a favor do próximo. Que não sabem ser. E eu? Eu sigo, eu permaneço. Eu não paro porque os outros são os outros, ainda que não saibam bem quem são. Não paro porque sou feita metade de sonho e metade de amor. Mesmo com uma grande parcela de dor e medo, o resto eu creio que seja fé. E a fé vence tudo, abre caminhos, adoça corações, dá coragem no escuro e humildade na luz. Eu pego nos meus sonhos, embalo com tudo o que há de bom em mim e carrego nas costas, independente do que o resto do mundo diga. Independente das forças contrárias e dos que insistem em me dizer que o mundo é dos espertos e não dos bons. Eu embrulho o meu amor e a minha fé no peito e não há quem me faça desfazer o nó. Porque não nasci para seguir a corrente, eu nasci para nadar contra a maré, rumo ao que me espera. Eu vejo o futuro brilhar lá no fim e esqueço-me dos olhares e pensamentos que, por um momento, pensei que fossem impedir-me. Não, nada disso é capaz de abalar a minha fé. Eu poderia optar pelo caminho mais fácil, mas escolhi o caminho do bem.
Decência rarefeita
Há 20 horas
1 comentário:
Texto fantástico!!!
Tocou-me.
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