Se há situação que me enerva é a de me apressarem. Eu não sou uma pessoa lenta, nem tão pouco o faço para queimar tempo. Se alguma coisa demora mais a ser feita é porque assim o exige. Agora falemos daqueles utentes que vêm à Farmácia com o tempo contado. E são sempre as mesmas personagens. Como só eles têm vida e os outros estão ali a ver passar a banda, acham-se no direito de ir furando caminho para serem atendidos mais depressa que os outros. Isto quando não pedem descaradamente. Do lado que estou não me posso intrometer nas decisões de terceiros. No entanto, fico a ferver quando se acham sempre com mais direito de serem prontamente servidos. Inconscientemente, acabo por atender com o estômago às voltas, o coração na boca e pouca simpatia na cara. Não consigo controlar. Agora falemos dos apressados que se acham no direito de me apressar o atendimento, que acham que eu tenho mais é que mandar a pessoa que me questionou embora porque já lhe estou a explicar as coisas há muito tempo. Essa gente chega-se ao balcão, encarnam o papel de múmia, bufam por tudo o quanto é lado e olham-me com uns olhos que, naquelas mentes pequeninas, acham que me pressionam. Desses é que eu gosto mais. Simplesmente ignoro, dou ainda mais ênfase ao atendimento e atenção à pessoa em causa e faço tudo com a maior calma que o meu organismo consegue conceber. Quem acha que vou passar por cima do meu profissionalismo para atender pressas, pode muito bem sentar-se porque é para isso que a farmácia tem duas cadeiras à disposição.
Decência rarefeita
Há 20 horas
2 comentários:
Também não gosto nada que me apressem...
Ai os apressadinhos, adooooro!
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