(...) Ao esconder-nos da depressão, ela cresce. E as pessoas que se safam melhor são as capazes de suportar o facto de que têm esta condição. Aqueles que conseguem aceitar a depressão são os que encontram resiliência. (...) As nossas necessidades são o nosso bem maior. Aprendi a dar tudo o que preciso. Valorizar a nossa depressão não previne uma recaída mas pode fazer da perspectiva de recaída, ou mesmo a recaída em si, mais fácil de suportar. A questão não é tanto encontrar um grande significado ou decidir que a depressão significou muito na nossa vida. A questão é, antes, procurar o sentido e pensar, se ela voltar: "Vai ser um inferno, mas aprenderei algo." Com a minha própria depressão, aprendi como uma emoção pode ser imensa, como pode ser mais real do que os factos e descobri que essa experiência me permite vivenciar emoções positivas de um jeito mais intenso e focado. O oposto de depressão não é felicidade, mas sim vitalidade e, actualmente, a minha vida é vital, mesmo nos dias em que estou triste. (...) Acho que ao odiar estar deprimido, e odiaria estar novamente, descobri um jeito de amar a minha depressão. Amo-a por me ter forçado a encontrar a alegria e agarrar-me a ela. Amo-a porque, todos os dias, eu decido, por vezes com bravura, outras contra a razão do momento, agarrar-me às razões de viver. E isso é um grande privilégio!
Nas muralhas da cidade
Há 18 horas
2 comentários:
Assino por baixo!!!
PS: vou roubar!!!!
Faça o favor :) Que a força nunca nos falte*
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