domingo, 26 de janeiro de 2014


A minha independência será sempre dual aos olhos da sociedade. Sejam inteligentes e não a confundam com libertinagem. Sejam ainda mais inteligentes e desafiem-se a ter a coragem necessária para a aceitar. Porque uma mulher independente não é uma mulher descomprometida, não é uma mulher que vive isolada e não depende de ninguém, como tantas vezes tentam fazer parecer. Lá porque uma mulher independente se desenvecilha em toda e qualquer área da sua vida, não vive nem quer viver sozinha, aparte do mundo, e tão pouco tem a presunção de se achar dona da razão. Lá porque não se deixa submeter a vontades e necessidades alheias, como cidadã, sabe que tem que ir fazendo cedências. Nunca pensei que algo tão dignificante do ser humano, como é o caso da liberdade de pensamento e escolha, fosse tão temido por uma grande parte de seres humanos, nomeadamente homens. A independência de uma mulher não vos retira o papel na relação, nem tão pouco devia ser factor aterrorizante de perda. Continuo a reforçar: o compromisso, a lealdade, a fidelidade e a dedicação em nada têm a ver com dependência ou independência de uma pessoa. Tem mais a ver com vontades expressas, princípios, valores e personalidade. É tão mentalmente mesquinho ligarem as duas coisas. Há quem muito perca o contributo destas mulheres para uma melhor vida porque a ilusão da segurança da dependência é tão mais fácil de controlar. Coragem senhores, coragem por favor!

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