sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ser chique é...


... desenvolver um ataque semelhante a Parkinson, mas agudo, quando nos injectam anestesia com vasoconstritor. Ainda perguntei se, porventura, não ia cair de tromba no chão quando me levantasse. Garantiram-me que não. Fiquei eléctrica e de riso fácil e com tremores uma boa meia hora, que me lembre. Quando, ao fim de 1h de remodelações, me mandaram com os porcos, ainda senti uma certa zoeira. Pelo sim, pelo não, vim agarrada ao corrimão das escadas e a 35km/h até casa. Mais um apalermanço orgânico para colocar no cadastro. Maravilha!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A voz arrepiante da rainha Maria, nesta tarde sombria!



Que momento mágico!*

Wish List!*



Pureza de alma!*



About Depression... Listen!*



(...) Ao esconder-nos da depressão, ela cresce. E as pessoas que se safam melhor são as capazes de suportar o facto de que têm esta condição. Aqueles que conseguem aceitar a depressão são os que encontram resiliência. (...) As nossas necessidades são o nosso bem maior. Aprendi a dar tudo o que preciso. Valorizar a nossa depressão não previne uma recaída mas pode fazer da perspectiva de recaída, ou mesmo a recaída em si, mais fácil de suportar. A questão não é tanto encontrar um grande significado ou decidir que a depressão significou muito na nossa vida. A questão é, antes, procurar o sentido e pensar, se ela voltar: "Vai ser um inferno, mas aprenderei algo." Com a minha própria depressão, aprendi como uma emoção pode ser imensa, como pode ser mais real do que os factos e descobri que essa experiência me permite vivenciar emoções positivas de um jeito mais intenso e focado. O oposto de depressão não é felicidade, mas sim vitalidade e, actualmente, a minha vida é vital, mesmo nos dias em que estou triste. (...) Acho que ao odiar estar deprimido, e odiaria estar novamente, descobri um jeito de amar a minha depressão. Amo-a por me ter forçado a encontrar a alegria e agarrar-me a ela. Amo-a porque, todos os dias, eu decido, por vezes com bravura, outras contra a razão do momento, agarrar-me às razões de viver. E isso é um grande privilégio!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DA MUDANÇA* |



Never has a pope had so much in common with a rock star.

I'M FEELING THIS #38


(...) A verdade é que o ser humano não tem o que precisa porque vibra pela restrição. (...) A vida é uma homenagem à própria vida. Se souberes que nada é teu, que tudo o que a vida te empresta é para ser vivido, aproveitado, «curtido» até à última gota. De bom e de mal. Não querer chegar a lado nenhum, querer apenas estar, ser, se possível, feliz, se não, processar todas as dores para que elas desapareçam depressa e um novo dia surja. Não fugir das dores, não. Chorá-las, fazer o luto de cada dia, de cada coisa, e só depois seguir em frente. Não deixar nada para sentir depois. Não deixar nada para trás. O peito vai ficando limpo. O coração vai ficando calmo. As emoções vão ficando em dia. As lágrimas, depois que saem, dão lugar a um sorriso largo. Deixar de vibrar pela restrição é saber que o dia de hoje é único e nunca mais vai voltar. E o dia de hoje é sempre uma grande oportunidade de viver. E se for bem vivido, o amanhã será ainda melhor.

Detalhes*


Lembram-se disto?! Pois bem, aqueles queridos guarda-chuvas coloridos saíram de 6 minutos e 24 segundos onde o amor e o acaso se entrelaçam tão profundamente que é impossível ficar indiferente à força do destino! Ontem pediram-me que acreditasse que os milagres ainda existiam. Hoje sinto-me um bocadinho mais tentada a reconsiderar a minha posição. A Disney Pixar tem este poder! Que ternura... Ofereçam a vós mesmos estes minutos mágicos.


Música que se um dia dissessem que eu ia ouvir em modo repeat, eu mandava internarem-me! #20



Pudesse todos os momentos da nossa vida transmitir a paz que este sonoro transmite! Vamos dormir... sossegando o coração.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014


O Rui Pedro nasceu no mesmo ano que eu. Portanto, somos da mesma idade. Lembro-me várias vezes da história do Rui Pedro, do seu rosto, e de como toda a história me amedrontou e me fez ser duplamente desconfiada com carrinhas que andavam devagar ao pé da escola e ainda mais desconfiada com desconhecidos que olhavam muito insistentemente. Lembro-me dos meus pais colados à TV, a disfarçar as lágrimas que teimavam em cair. Lembro-me de ir tantas vezes para a cama pedir que ele aparecesse e que isso nunca me acontecesse a mim, à minha irmã, aos meus primos ou aos meus amigos. Doía muito pensar em não saber de alguém que nos é querido. Hoje, com a idade que o Rui Pedro terá (ou teria, sei lá eu!) olho para esta mãe e percebo, cada vez melhor, o que é isso do amor incondicional. Ela não pode desistir de um dos seus, ninguém lhe pode pedir isso. Ainda por cima FILHO, gerado no seu ventre, sangue do seu sangue, com uma série de sonhos que ela criou para o mesmo. Se porventura houvesse uma explicação mais concreta que levasse esta mãe a, finalmente, fazer o luto... mas não há. E é isso que a consome. É isso que a faz manter acesa aquela esperança, que é a única coisa que lhe resta. Por isso partilho o seu vídeo que é um pedido de ajuda, uma tentativa de voltar a sensibilizar para esta questão e um apelo a informações que alguém tenha e que ainda não partilhou. Que nunca nos bata à porta um sofrimento atroz deste! 


A certeza de que grandes histórias são o bastante para impulsionar vidas! Obrigado Maysoon!



"If i can can, you can can!"

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O meu vestido de noiva já está escolhido! Venha daí o noivo.



FACTO #138


É necessário, de quando em vez, fazermos uma paragem na vida. (...) Também nós sairemos enriquecidos dos momentos de deserto que criarmos. Depois disso, teremos melhores condições de enfrentar a vida de cada dia, com os seus problemas, desafios e solicitações. Sairemos de nossos desertos convictos de que nesses tempos que periodicamente nos concedemos, longe de nos isolarmos num egoísmo estéril, estaremos a criar melhores condições para estabelecer um encontro leal, profundo e sincero connosco mesmos, com os outros e com Deus. (...) Tempos de deserto não são de fugas, mas, sim, multiplicadores das nossas forças, tornando-nos mais eficazes.

boa noite! ;) *



domingo, 26 de janeiro de 2014


A minha independência será sempre dual aos olhos da sociedade. Sejam inteligentes e não a confundam com libertinagem. Sejam ainda mais inteligentes e desafiem-se a ter a coragem necessária para a aceitar. Porque uma mulher independente não é uma mulher descomprometida, não é uma mulher que vive isolada e não depende de ninguém, como tantas vezes tentam fazer parecer. Lá porque uma mulher independente se desenvecilha em toda e qualquer área da sua vida, não vive nem quer viver sozinha, aparte do mundo, e tão pouco tem a presunção de se achar dona da razão. Lá porque não se deixa submeter a vontades e necessidades alheias, como cidadã, sabe que tem que ir fazendo cedências. Nunca pensei que algo tão dignificante do ser humano, como é o caso da liberdade de pensamento e escolha, fosse tão temido por uma grande parte de seres humanos, nomeadamente homens. A independência de uma mulher não vos retira o papel na relação, nem tão pouco devia ser factor aterrorizante de perda. Continuo a reforçar: o compromisso, a lealdade, a fidelidade e a dedicação em nada têm a ver com dependência ou independência de uma pessoa. Tem mais a ver com vontades expressas, princípios, valores e personalidade. É tão mentalmente mesquinho ligarem as duas coisas. Há quem muito perca o contributo destas mulheres para uma melhor vida porque a ilusão da segurança da dependência é tão mais fácil de controlar. Coragem senhores, coragem por favor!


Conhecemos o nosso mundo e conhecemos o mundo que nos é próximo e que nos é oferecido através de informação. De tal forma focamo-nos no que é acessível, esquecendo tantas vezes que para além da nossa bolha há muito mais para viver, para conhecer, existem muitas mais vidas, muitas mais situações que fogem do nosso controlo e entendimento. Portanto, é, de certa forma, castrador sentirmo-nos tantas vezes especiais e sofrermos porque não respeitam e não honram esse estatuto para connosco. A par da anormalidade de casos de violência desmedida e inesperada que têm surgido, questiono-me tantas vezes como é que eu ainda sangro tanto quando algo de menos próprio acontece comigo. Na bolha onde cresci, onde só dou acesso àqueles que vêm por bem e que me mostrem, até prova em contrário, que são influências positivas e motivadores do meu crescimento, não há espaço nem pachorra para egocentrismos, crueldade, vaidades, intenções mesquinhas. Não há. Mas não é por não haver que elas deixam de existir, directa ou indirectamente apontadas na minha direcção. Já é mais que tempo de eu esquecer que fui especial e que essas pessoas são apenas pessoas com traços de personalidade e visões de vida diferentes das minhas. E se não partilhamos princípios básicos de vida não somos capazes de coabitar. Portanto, o caminho vai ser longo e difícil. Vais ser criticado e vais falhar… mas se apesar de cada falhanço, cada crítica e cada sofrimento continuares a dar o teu melhor… então é porque te tornaste em alguém especial! Ninguém escolhe livremente passar privações emocionais, sofrimentos aterradores na vida. Ninguém adivinha que futuro vai ser o seu, em que moldes decorrerá a sua vida. Mas creio que não é fazendo dos percalços um veneno mais letal do que já é que se seja capaz de dar a volta. Creio, sim, que ao optarmos por um maior empenho e uma maior intenção naquilo que nos faz vibrar a alma, rapidamente o desnecessário acaba por morrer e, consequentemente, desaparecer de um plano que se quer, dia após dia, optimizado. Não é em vão que as limpezas a fundo não funcionam bem só nos imóveis. A alma também necessita disso. Para ter a capacidade de escolher, cada vez mais sabiamente.

Amén!



sábado, 25 de janeiro de 2014

É!



Continuando no registo de cenas que levam às lágrimas...




Há cenas que marcam uma vida e nos levam às lágrimas de tão fantásticas que são!



PS: Não aconselho a visualização àqueles que ainda não viram o filme O lobo de Wall Street e pretendem ver nos próximos tempos! Não quero andar aqui a contribuir para o spoiler'ismo! 

PS1: Leonardo, traz-me um Óscar'zito para casa, hóme!

PS2: Memorável!



Oiço esta música e sinto a esperança crescer cá dentro do peito. Os músculos contraem, eu respiro e sinto que sim, que pode ser, que pode acontecer, que vai acontecer. Fecho os olhos e pela frente sinto que um caminho aberto à descoberta se apresenta. Os meus ombros estão leves como há muito não estavam. A respiração controlada, o cérebro vazio de incongruências e de dúvidas. A ânsia de uma vida futura que renova e reergue um passado que não se pode simplesmente apagar, esquecer, antes incluir, resolver, arrumar. Porque é assim que se consegue evoluir... não ignorando factos que são pequenos retalhos de uma história que ainda tem muito para contar. Vamos à vida... mas vamos com a força de um guerreiro, com a certeza de que vale a pena travar esta batalha. Porque vale mesmo!



A minha solução mágica para quando é preciso levantar o astral e sentir-se (quase!) invencível!!



Dêem-me, quantas vezes quiserem, doses industriais de Bellamy, Dominic e Christopher que eu sou a pessoa mais feliz do mundo! Que choque nas células. Volta 10 de Junho de 2013 e faz-me sonhar novamente!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014



O melhor do meu dia! #9



O respeito é, sem sombra de dúvida, um grandioso iniciador de desbloqueios de atritos, de mágoas. E se formos persistentes nesse respeito, transformando-o quiçá em compreensão, talvez o universo nos dê uma ajudinha e reoriente o percurso das nossas vidas. O bom do tempo que passa é a mais valia da maturidade, do crescimento, mesmo que tantas vezes a ferros, à custa de sofrimentos que poderiam ser atenuados. Mas se servirem como impulsionadores de uma vida mais sã, digna e verdadeira, que seja! A vida continua e nós, até prova em contrário, continuamos aqui com a capacidade de fazer diferente, fazer melhor. É para isso que vivemos! Basta acreditar. Basta querer. Lembra-te: fé e vontade. A minha resposta à tua certeza: crer e querer! E humildade.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A motivação continua!



A propósito das expectativas... este hilariante texto deixa-nos a pensar!


(...) Não sei por quanto tempo vou ficar. Sei que já valeu ter vindo. Se já tinha certezas no Verão, morar aqui como tanto querias só me faz ter mais a certeza de que não te quero - e desculpa se não há uma maneira mais bonita de dizer isto a não ser esta. Quero outro amor. Quero um amor como o ar que respiro aqui todos os dias. Um amor puro. Sem mentiras. Sem passado. Um amor que me deixe dormir sossegada e que me faça acordar inspirada para dar ao mundo o melhor de mim. Um amor que me faça sorrir só de pensar nele. E mesmo enquanto esse amor está nas curvas praí de Mesão Frio a localizar St Martin no mapa quero que saibas que prefiro estar sozinha do que contigo. A neura não vai passar. Não adianta vires de pantufas. O copy-paste desde o Natal que deixou de colar. (...)


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Não fui eu, juro... mas podia ter sido!



Há utentes do outro mundo!


Estava eu muito bem a atender uma utente e eis que outro utente, um senhor pintarolas já com alguma idade, pede desculpa por interromper o atendimento e eis que profere tal pérola: 
- Dra, vai desculpar-me a ousadia mas eu tenho que avaliar a sua performance. Deixe que lhe diga que você está tal e qual a Shakira! O seu penteado faz-me lembrar muito ela. Olhe, está um must! (Une os dedos da mão e beija-os entusiasmado!) Não é senhor Manuel, não concorda comigo? (A socar abruptamente o parceiro do lado!)

A gargalhada foi geral e de tal forma audível que contagiou todas as pessoas que estavam na Farmácia. Isto há dias que começam mesmo bem! Haja quem repare, Deus meu... haja quem repare!!!

E já é sexta! Yey*



O rapazinho do nascer do sol!



Duvidamos imensamente do poder das nossas orações. Há anos que ela não via um nascer de sol em paz. Os dos últimos tempos tinham sido pautados por agressões verbais, lágrimas, pânico e, aquele momento da chegada da luz, que devia simbolizar renovação, novas chances, esperança, era gravado no seu inconsciente com uma aura de negatividade imensa. Falha após falha, foi evitando esse momento que tanto prazer lhe dava, na sua simplicidade. No meio de tantas partilhas íntimas nocturnas, de tantos anseios, de tantas reclamações e agradecimentos, uma constante: "Faz-me voltar a sentir a magia de um nascer do sol. O que eu dava para voltar a vivê-lo na sua simplicidade."
Eis que um dia, quando nada o fazia prever e ela estava de todo desatenta, alguém lhe rouba, de uma forma subtil, 14h da sua vida... com nascer do sol incluído! Um cruzar de olhares que depressa se verbalizou em troca de ideias sobre bebidas energéticas. Uma marca de guerra que lhe suscitou interesse, não pela bravura à qual podia estar ligada, mas antes pelos possíveis danos que podia originar daí para a frente. Dois seres detentores de um gosto pela conversa do qual não há memória, que se esqueceram dos milhares que os rodeavam. Ouviam-se cérebros confusos por tamanha cumplicidade de anos que se revelava em minutos, mesmo que nunca se tivessem visto. Assuntos banais e outros inventados serviram de mote à presença constante, que não era abalada por quem quer que fosse nem por assunto algum. "Impossível" dizeis vós... e pensava ela, até se ver rendida ao acaso do destino que os cruzou em plena areia, num dia normal de calendário para tantos, mas tão detentor de momentos menos dignos para ela. A loucura saudável que era transmitida em risos e em olhares, por vezes luxuriosos, por vezes ingénuos, fizeram-na esquecer verdadeiramente, pela primeira vez em anos, o motivo pelo qual vinha, até então, a sofrer. 
Fora qualquer tipo de meta a atingir, fora qualquer tipo de pensamentos com segundas intenções, ter alguém que a fizesse querer ficar no mesmo sítio durante uma noite inteira, sem lhe dar de assalto necessidades astronómicas de fugir, era inédito... constrangedor... estranho... pouco provável. Procurou ler-lhe os defeitos, os erros, quiçá uma bipolaridade que a fizesse obrigá-lo a abandoná-la. Nada. Não foi bem sucedida. Antes traiu-se em gargalhadas, em pequenas cedências ao toque e ao som próximo de um dos seus pontos fracos. Tentou voltar a controlar a situação e conseguia, algumas vezes. Noutras cedia propositadamente porque nenhum dos seus alertas era accionado. Tinha-se totalmente em si, no local que escolhera livremente, fruto da ousadia e da persistência de um desconhecido de sorriso rasgado. Boa história esta! 
Lembra-se que se deslocaram para o meio da multidão, de dedos entrelaçados, e com a outra das mãos ocupada com um copo, como que a obrigarem-se a controlar os impulsos. Pobre ingenuidade. Esqueceram-se que quando o espaço é pequeno e o som é abafado, os corpos só param quando se sentem. E sentiram-se, finalmente. Entre piadas patetas, risos histéricos, alto teor de hormonas desnorteadas, desencadeando um tamanho ciclone de emoções. Ah como é bom ser-se humano! E como ela se tinha esquecido disso. 
O amanhecer foi-se talhando por si, mais rapidamente do que aqueles seres o acompanhavam. No meio de uma imensidão de histórias criativas, patrocinadas pelo néctar do riso fácil e da desinibição automática, o sol foi nascendo. A luz surgia amiúde e depressa começou a incomodar os olhos que, cansados, a queriam enxergar. Ela só se apercebeu que estava perante uma oportunidade de mudar o rumo da história do nascer do sol quando ele quis, a todo o custo, ficar naquele sítio. Com ela. Por tempo ilimitado. E assim se sentaram, assim se aninharam um no outro e ele, sem saber, foi determinante a solucionar mais um dos seus medos. Por mais tempo que passe e qualquer que seja o rumo das suas vidas, ele será sempre para ela o seu rapazinho do nascer do sol.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A Disney é extraordinária e sempre me fará sonhar!



É impossível não sorrir e não ficar emocionado ao ouvir músicas que nos marcaram a infância! Maravilhoso.



Isto aconteceu e eu ainda não acredito!


Utente - Boa Tarde. 
Eu - Boa Tarde. Posso ajudá-la?
Utente - Sim. Diga-me: ainda dá para fazer "aquela coisa" de levar e pagar depois?
Eu - Desculpe? (Com a maior cara de parva e deficiente alguma vez vista!)
Utente - Sim. Posso levar o que necessito e pagar depois? 
Eu - É óbvio que não. Por vezes facilitamos, mas é a utentes nossos e em casos extremamente excepcionais. Infelizmente, dadas as circunstâncias actuais, não é de todo admitido. 
Utente - Ah 'tá bem! (Vira-se para a filha...) Ó V., vai ali ao carro e traz-me a carteira. (Vira-se para mim...) É um Cêgripe!
Eu - São x euros e y cêntimos! (Euzinha burra para a vida, com o queixo quase a dar um hi5 ao pescoço, de tão caído que estava!)

ATENÇÃO: Ela paga em moedas e ainda tive tempo para vislumbrar umas quantas notas cor de rosa e azuis! Ai F*D*-SE!!!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014


Um dia, um belo dia, vais perceber que canalizares a tua raiva em alguém que julgaste e obrigaste a não errar, não te libertou das mágoas de um passado triste, que esta sempre quis ajudar a resolver se, porventura, o conhecesse. Vais perceber que perdeste alguém que fez de ti um futuro, mesmo com as cicatrizes de vida que julgas serem vergonhosas. Vais perceber que não só perdeste o seu amor, como também a sua amizade e admiração. E olha que mesmo que não nos amem nem nós amemos na mesma frequência, há ainda quem nos dê cor e alegria aos dias. E isso, se perderes por fechares a porta inúmeras vezes seguidas, como que a dar vitória ao orgulho e ao medo de sofrer, vais perder para sempre. E vai fazer-te falta! Acredita em mim.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Foi a maior comidela de cabeça dos últimos tempos!



Mas foi também, sem qualquer sombra de dúvida, dos melhores filmes que vi. Adoro novas formas de abordar um assunto tão batido, adoro filmes estranhos, adoro voz off com moralidades, adoro a sensação de novidade. E adoro ter que estar atenta aos pormenores, interpretar detalhes e ficar com a necessidade de o rever para beber toda a mensagem que quer passar! Foi uma boa forma de iniciar a semana, de renovar a esperança.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Das pessoas especiais!



A Rita é especial. Ela sabe. Por me abrir os olhos, por me dizer as verdades nuas e cruas. Por me dar esperança. Por me inspirar. Por ser quem é. E por estas palavras, também! Obrigado.

Medina...



... traz-me estes queridos cá e eu até te dou uma beijoca e um sabonete da Farmácia!


Há pessoas que sentem com todas as células que compõem o seu humano corpo. E essas pessoas cultivam em mim uma certa curiosidade. Gosto da forma como querem resolver o que outros julgam impossível, só porque o sentimento que as define as faz acreditar. Gosto da forma como querem desvendar os mistérios no coração dos outros. Gosto da forma como os querem entender, como se compadecem das suas dúvidas e perdição. Gosto da forma como são, estupidamente, humanas. 
Como sentem com o corpo, quando se trata daqueles sentimentos menos fervorosos, daqueles que por vezes machucam, há toda uma resposta traduzida em forma de lágrimas, impaciência no olhar, ritmos cardíacos alucinados, por vezes até rash cutâneo. E não, não estão a fazer de propósito para serem notadas... é-lhes completamente inerente e não conseguem controlar... mas vão tentando aprender. Essas pessoas que sentem com o corpo, sentem em demasia, querem sentir em demasia, necessitam dessa demasia. Não conhecem outra forma de ser, de agir. Mas nem sempre são entendidas. É fundamental esclarecer que essas pessoas não têm a prepotência de achar que essa forma de viver é única. Sabem que não é, respeitam isso, como necessitam que respeitem e aceitem a sua forma de sentir. 
É certo que é muito mais difícil de reparar uma pessoa que sente com o corpo, porque quando adoece o sentimento o corpo ressente-se, e muito. É muito mais sufocante, e até mesmo desgastante, uma pessoa comportar em si esta característica. Por vezes, chego a achar que é mordaz, exageradamente perfeccionista e até mesmo psicótica a necessidade de sentir tudo. Mas admiro-as. Admiro a honestidade, a transparência, o desafio que nos deixam no ar. Gosto destas pessoas porque dificilmente escondem intenções maquiavélicas. Estas pessoas odeiam jogos de intenções. Odeiam ter que supor, odeiam questões dúbias. Fogem dos mal-entendidos e, principalmente, são fiéis, compulsivamente fiéis, ao sentimento que ousam partilhar. A segurança que nos dão é tão relaxante, cultiva nos mais íntimo de nós a confiança nelas e, muito raramente, criam em nós expectativas defraudadas. 
Eu gosto destas pessoas e quero-as ardentemente na minha vida. Elas ensinam-me a promover a leveza, ensinam-me a respeitar o que sinto, da forma que sinto, mesmo que ilógico aos olhos da maioria. Elas obrigam-me a encarar os erros como aprendizagem e a perceber que o sentimento provocado, por mais penoso que seja, é também libertador do meu medo incontrolável de sofrer. É nelas que busco a força para, dia após dia, consolidar a força para fazer jus ao que verdadeiramente sinto, ao que verdadeiramente sou. Gosto da ideia simplista que ostentam: são o que são, sentem o que sentem, sem pudores ou necessidade de explicação. Dizem as más línguas que são pessoas mais frágeis, mais expostas ao perigo, menos protegidas e, portanto, sofrem mais e vivem mais o sofrimento. Mas porra... sentem tudo na vida como deve ser! São vivas. São cativantes. São desafiantes. Corre-lhes nas veias a vontade de lutar por um mundo com pessoas mais humanas. Querem que, no decorrer da vida, haja quem se deixe encantar. 
Eu sou uma dessas pessoas. Estou encantada. E ontem recomeçou algo que tenho vindo a perder: o respeito pelo que sinto, como sinto, quando sinto, mesmo que incomode. Foram lágrimas, porque foram, públicas, mas tão honestas quanto libertadoras. Porque estavam acumuladas, precisavam de sair e foram provocadas por quem me quer bem. Não me envergonho. Já disse que gosto de quem sente com todas as células do seu corpo?



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Porque recordar é viver!



Não é possível acordar mal disposto! 
Maravilha de slow matinal para agitar as peles.
Vamos lá malta!


E a saga do balcão continua! Os dias de serviço têm destas coisas. Hoje coube-me ouvir a história de uma colega de primária que terminou uma relação de algum tempo há cerca de 6 meses. Os pormenores que ela mencionava fez-me relembrar e muito o término da minha última relação. Meu Deus, como foi estranho! Já não pensava neste assunto há bastante tempo e aperceber-me do quão corriqueira e, infelizmente, normal esta situação se está a tornar, faz-me começar a achar que fui um poço intenso de sofrimento sem muita justificação plausível. Acho que destilei neste término a mágoa das frustrações acumuladas e, portanto, não se pode "dar o mérito" à pessoa em questão mas antes ao acumular de situações mal resolvidas e de uma auto-estima completamente no lodo. Agora o que me surpreendeu foi o desenrolar da conversa em si. Algum dia, naquela altura, lhe diria o que disse hoje, completamente descomplexada? Nunca. Algum dia, naquela altura, seria tão clara, real e concreta na análise da situação? Jamais. Algum dia, naquela altura, teria tamanha compaixão e abertura de mente? Deumalibre! Aquilo que a minha colega nos fez ver foi que a vida tem os seus percalços e é a aprendizagem, tantas vezes à força, que nos encaminha para a maturidade e nos faz melhores pessoas. Tão mais humildes quanto a mágoa que um dia nos deixou sem ar, sem sono, sem fome e sem rumo e que, um dia, é superada!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014



Hoje é o que há! Pessoas que se vão entregar a uma causa, só porque é uma causa minha e eu pedi ajuda, mas não fazem a mais pequena ideia do que se trata. É disto que gosto... porque é assim que sou e que a maioria de nós devia ser com aqueles que são muito importantes: "Vai na fé cara!" Se quisermos, e se tivermos muita vontade, podemos mudar o mundo.

Oração da Noite!*



terça-feira, 7 de janeiro de 2014



I'M FEELING THIS #37



Vamos então sonhar um 2014 como nos apetecer, em que sejamos heróis para quem nos é querido, geniais numa actividade qualquer (mesmo que seja a resolver palavras cruzadas) ou em que sejamos apenas nós próprios, com todas as nossas falhas. Para uns, serão sonhos altruístas como a paz no mundo, a saúde eterna e a cura do cancro. Para outros, um carro novo, um amante ou uma mala Chanel. Não importa a dimensão ou a futilidade dos mesmos, porque enquanto pudermos mandar nos nossos sonhos seremos livres. Mesmo nos dias mais escuros. Mesmo num país pequenino.



Melhorar a cada dia que passa, adaptar-se a registos diferentes, desafiar-se a engrandecer. 
David Fonseca, versão jazz, cover Bob Dylan. 
Cada vez mais viciada, cada vez mais rendida!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014


Estar atrás de um balcão, por vezes, quer também dizer ser confidente. Hoje, num espaço de 1h30, tive perante mim a felicidade plena e a depressão total. Não sendo eu, de todo, o esplendor do equilíbrio emocional, lidei, o melhor que pude, com este alto e baixo perfeitamente delineado. E pensei. Pensei muito e fiquei baralhada, incomodada.  A felicidade plena chega-me através da voz de um marido que não ganhou para o susto. A mulher encostou-se a uma mesa de centro, com vidro, pressionou um pouco demais quiçá, esta cede, ela cai desamparada sobre o vidro partido. 10 cm de vidro que, por um milagre, não lhe atingiram a coluna vertebral. Eu vi a foto do pedaço de vidro. Fuck! 9 pontos e direito a uma segunda vida, a uma segunda oportunidade. Ainda estou incrédula. A depressão total chega-me através de um filho, da idade da minha tia, com uma mãe com múltiplos avc's e, agora, demente. Filho de um pai que tentou, recentemente, pôr término à vida, que se encontra internado numa ala psiquiátrica e que, quando regressar, não se sabe se aceitará a entrada num centro de dia, para ser melhor acompanhado. Um filho que também é marido de uma pessoa depressiva e extremamente frágil. Um filho que é homem e tem um negócio próprio que, não sabe até quando será viável, dado o roubo em impostos a que é sujeito. Uma pessoa que está perdida, que não sabe que rumo dar à vida, que está bem perto de desistir de lutar pela vida e pelo encanto que outros lhe dizem que ela tem. Fiquei novamente incrédula. Porque uma pessoa não deveria de ser sujeita a tamanha provação junta. Mesmo que seja forte. É desumano. E é assim, neste misto de alegria e tristeza, que encerro o dia. Sei que a vida é feita de um quase equilíbrio de momentos bons e menos bons e é nisso que me baseio ou tento. Quiçá esta partilha não fundirá a aprendizagem que advém de um sofrimento agudo com a esperança de que o sofrimento crónico se atenuará, não tarda. Quiçá. Eu cá continuo incrédula com a vida, como com a determinação da natureza por este país fora. Não é, de todo, um dia fácil mas "a nossa vontade é forte" ou tem de ser!


Na vida há sempre dificuldades a vencer e problemas que temos de resolver. Mas resolvem-se quando a nossa vontade é forte. E Deus ajuda sempre. 

Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)

domingo, 5 de janeiro de 2014

FACTO #137



Um país de luto, clubismos à parte!



Fosses tu sempre assim, humanidade! Na hora que se chora um homem que não precisou de morrer para ver erguida uma estátua de tributo ao que fez por um país, aplaudo de pé quem o encara como português e não apenas como membro de um clube. Aplaudo de pé estes adeptos que reconhecem o valor de um homem e colocam de parte quezílias e picardias estúpidas entre clubes. Benfiquista como sou, orgulho-me de ver aquele azul brotar de um mar encarnado de cachecóis. Orgulho-me deste adepto que ousou ser diferente. Devemos chorar a morte de Eusébio como devemos chorar a morte de tantos outros heróis nacionais e mundiais que, dia após dia, fazem impossíveis por um país, por uma região, por um lar. Eusébio foi um homem talentoso e bom, que se destacou numa geração. Lembremos também todos os anónimos heróis que mudaram o mundo, à sua maneira. O teu exemplo de coragem e determinação não será esquecido. Que nos sirva de exemplo, Pantera Negra! Descansa em paz. Até qualquer dia*

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014