Não vale um chavo o raio do cartaz mas a mística deste festival ninguém lhe tira. Ainda por cima este ano, com toda aquela decoração tribal. A Zambujeira do Mar virou o meu refúgio, a minha escapatória, o meu sítio. Conheci aquela terra com calma, dei significado às pegadas que ia fazendo naquele chão, tornei-me parte do relvado daquele recinto. Senti-me com todos os sentidos de que sou dotada. Roupa prática, espírito livre, paz na alma. Os dias eram longos, os planos feitos à sombra. Sinto a falta do banho partilhado em que me sentia só, nos devaneios dos meus pensamentos frescos. Sinto a falta do chão que me marcava as costas e dos pés empoeirados. Sinto a falta das músicas parvas que se ouviam no meio das tendas e dos cumprimentos sem razão. Sinto a falta do autocarro descapotável que nos levava até àquela pequena terra, que era atravessada em poucos minutos, e que nos oferecia o paraíso de um oceano à disposição. Tenho dentro de mim um sem número de momentos perfeitos que, passe o tempo que passar, serão sempre recordados com carinho. E hoje estou com uma inveja gigante dos que não têm pressa para chegar a lado nenhum porque, o que importa mesmo, está concentrado na Herdade da Casa Branca! Foi só um momento nostálgico.
Lapidar
Há 12 horas
1 comentário:
Este ano também não fui e estou aqui a remoer-me. :/
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