Eu já tive namorados que não eram do mesmo clube que eu. Respeitava a escolha deles, como eles respeitavam a minha. Havia picardias típicas, baseadas em bocas parvas mas sempre engraçadas. Era viciante e saudável aquela disputa em alturas de confrontos directos. Mas nunca, nunca mesmo, houve falsos moralismos para agradar o outro, que é como quem diz, nem eu nem eles sentíamos necessidade de fazer de conta que gostávamos muito do outro clube quando não era de todo verdade. Nós queríamos que o nosso vencesse e se o outro escorrega-se e nos ajudasse nas contas, melhor! Não éramos doentes por esta temática mas também não dávamos a outra face de mão beijada. Havia orgulho em ser de tal clube, com os "ódiozinhos de estimação" típicos por jogadores, treinadores e/ou presidentes. Sempre vivemos bem com isso, sempre fomos fiéis a um gosto que nos vinha da alma. Ponto. Não tínhamos de fingir para agradar. Benzadeus! Agora quando as redes sociais nos mostram o contrário, em prol do amor que se tem ao outro, numa visão de quase anulação para agradar, eu começo a entender o porquê de continuar sozinha! Secalhar é personalidade a mais nos gostos. É, tem de ser isso!
* Note-se que se trata apenas de um banal exemplo. Daqui a questões mais sérias e determinantes vai um passinho... e é isso que me "preocupa"!
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