quarta-feira, 26 de março de 2014

Subscrevo integralmente!



Não há nada de errado, nem é sinal de fraqueza, desistir de coisas/projectos/pessoas que fogem, sistematicamente, do nosso alcance. Seja por que razão for. Se é verdade que devemos procurar dar o máximo de nós e do nosso empenho em cada situação, também é claro (ou devia ser) que se as coisas não avançam por nada, se há sempre desculpas para tudo o que (não) se quer fazer, se a chave não gira e as portas não abrem, se o sol nunca mais nasce quando todos sabemos que cá dentro pode ser Verão ou Primavera se quisermos, deixem. Larguem da mão. Às vezes a vida precisa mesmo de dar esta volta de 180º e está tudo bem. E as pessoas que nos rodeiam nem sempre têm vontade/coragem de nos acompanhar. E também está tudo bem.
Às vezes o melhor é mesmo parar, ver e reparar, deixar que o mundo volte a girar no sentido certo e as pessoas voltem ao lugar onde pertencem. Seja mais perto ou mais longe de nós.
Há momentos em que só desta forma aprendemos que mais vale que a vida se desconstrua, se vire do avesso e nos mude as perguntas para as respostas que julgamos ter, para depois fazermos as coisas de uma outra forma, mais forte, melhor (e é sempre melhor, garantidamente).
O desapego treina-se. Custa, demora a interiorizar, sobretudo quando estão em causa coisas/projectos/pessoas de quem gostamos muito. Mas treina-se. E consegue-se. E faz de nós pessoas muito mais leves.


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