... volvidos 2 anos, e com uma série de problemáticas que nos podiam ter afastado, aquela música soou e tu começaste a chorar à minha beira. A única reacção que tive foi abraçar-te... fortemente! Sabia um dos motivos das tuas lágrimas mas fiquei chocada com o outro que me contaste posteriormente. Não fazia a mínima ideia do que se passava e isso, naquele momento era o menos importante. Puxei-te para fora e deixei-te chorar até não quereres mais, até não poderes mais. Senti que choraste a alma. O meu coração estava a ficar apertado com o teu sofrimento que, finalmente, se estava a libertar e a fazer ouvir. Mas eu só tinha uma função: manter-me ali. Ouvir-te. Abraçar-te. Encorajar-te. Há 2 anos ou exactamente no dia de hoje, a minha opinião sobre ti não mudou: és forte, e não fraco como dizes, e aguentas muito mais do que aquilo que pensas. Tens uma grande mágoa e um grande medo no fundo de ti que queria poder ajudar a remover. Mas não posso. Tens um longo caminho a percorrer. Só te posso garantir que, enquanto me for permitido, não desistirei de te acompanhar na luta. Sabemos que somos especiais quando as pessoas podiam simplesmente optar pelo lado mais fácil e óbvio mas preferem ser fiéis à união e confiança que um dia foi construída. Não me arrependo de ter estado ali para ti. Independentemente de quem tens na tua vida e que nos une. És um amigo e isso, independentemente de tudo, não vai mudar. Eu não quero que mude. A preocupação, a identificação e o carinho que se tem por alguém não surge do nada. Trabalharei para manter o nosso. Vai tudo correr bem, pequenino. Não desistas.
Nas muralhas da cidade
Há 17 horas
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