Vão ser vocês, meus caros, os causadores do meu interregno na luta contra a fruta!
Amo-vos de paixão, já que estão carregadinhos de carotenos!*
Sabem? Eu acredito em magia. Nasci e fui criado numa época mágica, numa terra mágica, entre os magos. A maioria das pessoas não percebiam que vivíamos numa teia de magia, ligados por filamentos de prata de oportunidade e circunstância... mas eu sempre soube! Esta é a minha opinião... Todos nascemos, conhecendo a magia. Nascemos com vendavais, incêndios florestais e cometas dentro de nós! Nascemos capazes de cantar para as aves, ler para as nuvens e ver o nosso destino em grãos de areia.
Pois bem... Noite de quinta-feira é sempre sinónimo de deitar tarde. O motivo que nos faz reunir todas as quintas é bastante forte. Eu e a M., como já vem sendo hábito, acompanhamo-nos mutuamente até ao destino, aproveitando para colocar o paleio em dia! Hoje decidimos analisar e questionar a forma como nos dedicamos ao que nos é proposto. Por muitas crises que nos dê de início, por muitas análises pessimistas que façamos, por muitas picardias que haja, o que é certo é que somos incapazes de nos contentar com o mediano. Mesmo em actos de voluntariado ou actividades que para muitos sejam banais, é difícil nos contentarmos com o simples acto de fazer; preferimos sempre o "fazer diferente", o "marcar", o "superar-nos". Não, não é uma questão de protagonismo ou simplesmente necessidade de realização pessoal; é mais uma necessidade suprema de criar uma reacção no receptor da mensagem! Sempre nos orientámos pelo lema de "deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos para os outros que nos seguem" e, isso, nem sempre se revela fácil e se traduz em saúde física. Ficamos muitas vezes de rastos, sentimos o corpo e a alma a definhar com o cansaço e com a azáfama, vivemos com o coração na boca... mas também chegámos à conclusão que, sem esta realização, os momentos não têm o mesmo sabor, não nos fazem sorrir e muito menos nos motivam. Ou pomos "tudo o que somos" nas nossas acções ou então não vale a pena! Se somos doidinhas?! Há quem diga que sim... Eu prefiro pensar que somos saudavelmente loucas e entusiasticamente dedicadas!