domingo, 31 de julho de 2011

Da forma como o mesmo evento, um casamento, pode ser aproveitado (ou não!) de maneiras tão distintas.


Julho, que agora chega ao fim, foi o mês dos casamentos. Um no dia 2 e outro no dia 30.
A motivação para participar em ambos era a mesma: amigos que iam dar "aquele" passo, "aquele" compromisso nas suas vidas. 


O primeiro levou-me às lágrimas. Uma manhã de cabeleireiro atribulada, uma viagem a desbundar, um percurso até casa da noiva que era desconhecido, um "timing" a cumprir. Mal entrei em casa da noiva, era bom não lhe sujar o vestido com a emoção. Um casamento pensado ao pormenor, com incidência em detalhes propícios à perfeição. Alegria estampada no rosto dos noivos e das suas famílias. Uma capela no alto, com uma entrada em escada, passadeira vermelha a convidar ao ambiente acolhedor que se vivia naquela estância religiosa. Lugar ocupado, foi ver o noivo "desmanchar-se" quando viu a sua mulher a percorrer o corredor. Músicas com mensagem, que nos faziam parar e pensar, sentir e recorrer ao nosso foro sentimental, acompanhado de uma crença enorme, da família e dos amigos, naquele que era um acto público do amor que os une. Aquela celebração foi deles e para eles. Uma homilia que não foi nenhum sermão mas uma consciencialização do que é verdadeiramente o amor. Pegou-se numa leitura simples mas com uma mensagem profunda e reduziu-se cada ser à sua insignificância perante a grandeza do AMOR. Foi um excelente exercício e desafio. Segue-se a benção das flores e do arroz, traduzida numa euforia soberba. Abraços e beijos, felicitações e congratulações. Uma foto de grupo e uma excelente tarde passada entre sofás e baloiços de verga, entre sangria de frutos vermelhos e soft drinks, entre sombras e raios de sol que queimavam a pele agradecida. Um spot idealizado para o corte do bolo, com magia em bolas de sabão e em sorrisos e realizações estampadas na cara daqueles que eram as personagens principais do dia. Qualquer pessoa que saiu daquele casamento, com toda a certeza do mundo, saiu emocionada, com um sentimento de dever cumprido e com uma esperança renovada no poder do amor construído sobre fortes alicerces de alma.


O segundo quase que me levou às lágrimas... mas por motivos "um tanto" negativos. Eu, que até sou uma pessoa de impulsos, custa-me a digerir o facto de um casamento se proceder com a rapidez deste. Afastados por todo um oceano e na maior parte do tempo em que se desenrolou o namoro, das duas uma: ou isto dá muito certo ou se extingue dentro de 6 meses! A juntar a isto, o facto de termos visto mais entusiasmo numa despedida de solteiro, do que propriamente no casamento, faz-me temer por todo este impulso. Numa festa que deve ser preparada a dois, com vontade, determinação e magia, deparo-me com uma irmã do noivo a tratar de quase tudo, a lutar com todas as suas forças para que os pormenores façam a diferença.... mas não fizeram! Acusaram a normal falta de cumplicidade de quem pouco se conhece, as famílias pouco se interligaram, os amigos estavam de pé atrás e o senhor da animação da festa foi triste ao pedir a todos que cantassem o "Boa Sorte" enquanto se abanavam lenços brancos... durante o corte do bolo!! Dadas todas as aspirações e desejos de sucesso e felicidade que tínhamos guardados dentro de nós para eles, sentimo-nos defraudados. Não vimos uma única vez o nosso amigo a ser ele mesmo. E isso magoou imenso... 

Escrevo isto aqui para que, um dia mais tarde, me sirva de exemplo... Para que tenha a visão perfeita do que quero para mim... Para tentar não repetir os mesmos erros... Para me alegrar com os pormenores determinantes que, ao serem verdadeiros, encantam e marcam dias, celebrações, pessoas, mundos...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Infelizmente é assim... Não dá simplesmente para passar por cima... Não dá simplesmente para ignorar...



Precisamos aprender a racionalizar e a simplificar, sobretudo as tarefas que se podem prever ou se repetem. E ganhar assim tempo para redescobrir aqueles prazeres simples que só a lentidão nos faz aceder. São tão belos certos instantes de recolhimento e de pausa em que o nosso olhar ou o nosso passo se deslocam sem ser por nada, numa gratuidade que apenas cintila, reacendida. |JTM|

E o primeiro passo é assumir! 

Isto vai ser duro!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Se isto não é amor é o quê?! #13


ELE (04h20m AM, depois do trabalho) - Quando estiveres a precisar da minha ajuda, chama por mim... 
(mas agradecia que só precisasses depois de almoço, sim amor?!) 

A sua subtileza encanta-me... verdadeiramente! (just love)

Das férias...



Encarar as férias como tempo para voltar ao essencial faz com que a nossa atenção fique mais desperta, a nossa sensibilidade mais apurada. Tudo passa a ocupar o lugar que lhe é devido e ficamos mais preparados para viver cada dia agradecidos, enfrentando com mais força as dificuldades que vão surgindo. O regresso ao dia a dia e ao trabalho será mais suave e com mais sentido.

Leiam este artigo e talvez encontrem uma certa orientação para não chegarem mais cansados ao fim das férias. Além do nosso corpo e da nossa mente, há muito mais que tem que descansar. Por vezes não damos o devido valor a esse "muito mais". Por vezes não entendemos que os outros precisam de descansar esse "muito mais", tornando-nos injustos ao ponto de julgar as suas intenções de descanso, longe do seu mundo habitual, como superfluidades egoístas. E se fôssemos nós a precisar? Não gostaríamos simplesmente de sermos entendidos? Temos ainda muito caminho a percorrer na arte de olhar para a vida do outro como algo seu, com vitórias e derrotas que não conhecemos e, portanto, qualquer juízo de valor que façamos será sempre incompleto e tantas vezes errado. Acreditemos que ainda há pessoas que não necessitam de ultrapassar ninguém, que não se esquecem das responsabilidades que têm no seu mundo, que muitas vezes desligam desse mesmo mundo para poderem criar aquilo que tantas vezes foi deixado para trás... assim, de uma forma simples! E que quando precisam de se entregar ao descanso desse "muito mais" é simplesmente isso... reanimar o que foi dilacerado com o peso do caminho que se faz diariamente. Se virmos mais em vez de simplesmente olharmos, encontraremos isto... de uma forma completamente pura e inocente! O mundo pode estar condenado... mas não em todas as frentes!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Daquele passatempo do Facebook...



... chegou este!*



Para muitos, um festival com exageros ou uma fuga às responsabilidades... Para mim, uma necessidade sóbria de parar, de relaxar com música, de aproveitar "aquela" companhia, de voltar para o mundo real com uma energia renovada... porque ainda não sou de ferro! 

Conclusão: OBJECTIVO CUMPRIDO!*
Amanhã volta-se ao trabalho, com bastante mais vontade.








quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quando penso que amo... mas afinal, pelo que é descrito, parece que não amo... mas luto para vir, verdadeiramente, a amar!









O amor é sofredor, é benigno;
O amor não é invejoso;
O amor não se vangloria, não se ensorbece;
O amor não se porta inconvenientemente;
O amor não busca os seus próprios interesses;
O amor não se irrita, não suspeita mal;
O amor não se regozija com a injustiça mas regozija-se com a verdade;
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta!

... e eu falho tanto!

É um bom ensinamento!


Quando duas pessoas se amam, elas não se submetem e não se dominam, apenas se completam.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

E aqui no meio das minhas deambulações...


... recordei a história surreal que vivi hoje no comboio! Entrou um rapaz com sérias e graves deficiências, de cadeira de rodas. Ficou-me na retina o facto do revisor, aquando da sua entrada, pôr logo em causa, com o ar mais arrogante do mundo, a capacidade dele entrar sozinho no comboio. A "coisa" passou-se. Uma paragem antes dele querer sair, e com o comboio bastante cheio, o rapaz pôs-se a tocar a buzina, o mais que podia e, vendo que o revisor não chegava e o comboio estava a chegar ao destino, as pessoas começaram a chamá-lo. Nem assim. Tiveram que chamar o maquinista e dizer-lhe para ele não seguir com o comboio, uma vez que a rampa estava trancada num espaço. Quando o senhor revisor chega à beira do rapaz, com a maior lata e arrogância do mundo, responde-lhe: "Para a próxima vê se dizes antes onde queres sair que eu não sou obrigado a adivinhar!" Só vejo o rapaz a levantar-se da cadeira, a emitir sons (que era a única coisa que conseguia fazer) e a dar um valente murro no varão central! Todo ele era uma pilha de nervos, que quase o impediu de sair do comboio, tal era a incapacidade de fazer as manobras. Arrepiei-me dos pés à cabeça, senti-me pequena e escandalizada. Não reagi até chegar ao meu destino. Como ninguém o fez... E não critiquem porque uma atitude de falta de humanismo deste género, é impensável nos dias que correm! Hoje não fiz nada... amanhã quero ver se vou informar a CP! Não posso permitir que estas pessoas se afundem mais na solidão em que estão...

Oh se é preciso!!!!


Amar é como voar! É sentir a sensação de estar no alto, é ter medo de cair! É fazer dos pesadelos sonhos, é sentir-se pequenino perto de quem se ama! É sentir-se grande ao se saber amado! É preciso coragem para amar!

Há dias que nunca mais terminam... Este é um deles! Quando me puser a dormir até penso que é mentira...

Quando entregar o Seminário tenho que actualizar o estaminé com...


... um casamento fantástico que me levou às lágrimas;
... um dia optimus em que mostrei estar alive;
... uma organização de uma despedida de solteiro com o "espírito quintal";
... mais algumas coisas que me lembre de partilhar com vóis


Até lá, aguentem-se com fotos, frases, citações, músicas e outras tantas coisas a roçar o medíocre!

I'M FEELING THIS #10




Não devemos ter medo dos confrontos... Até os planetas chocam e do caos nascem as estrelas! Charlie Chaplin

domingo, 10 de julho de 2011

Incentivos não pedidos...


É isso mesmo... Fazes agora um "sprint" final e está feito! Mas nada de stressar que isso não ajuda... Sempre tranquila e com um sorriso maroto nos lábios! 

Conclusão: Quase roçou o poético numa manhã de domingo! 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Das pessoas que estão no Optimus Alive' 11 no dia de hoje só tenho inveja de irem ouvir isto e sentirem um arrepio na espinha enquanto eu sinto os neurónios a chocarem uns contra os outros!




... e assim em jeito de conclusão, é bom que os problemas técnicos sejam resolvidos a tempo, que o pessoal que lá está abancado não tem culpa nenhuma!*

Declaro-me...



Enquanto há vida, espera-se que haja esperança...


Eu sou aquilo a que as pessoas gostam de chamar "um ser marreta" ou "cabeça dura"! Conseguem facilmente a minha aceitação, apoio e escuta se souberem dizer-me as coisas. Caso contrário, é difícil que eu  ceda.


Gosto da verdade mas nunca na sua vertente nua e crua (não confundamos com sinceridade, que dessa senhora gosto a valer!). Não é preciso toda uma silhueta carregada para que a verdade possa ser transmitida. Não é preciso que chegue a nós no auge da sua exposição, tim tim por tim tim, de uma forma a roçar o frio e o cruel para que a percebamos. Não necessita de condenar outras formas de a ver ou sentir, como se de visões fantasiosas se tratassem. 


Se me disserem somente "É que... sabes, as coisas não são sempre como queremos e temos que aceitar aquilo que nos dão!" vai concerteza magoar... Não se põe em causa a veracidade da mensagem mas, a sua real frieza, transmite a ideia de que queremos sempre tudo à nossa maneira, que somos personas non gratas, completamente indiferentes ao que nos dão e que estamos de mãos e pés atados, condicionados apenas àquilo que os outros tencionam oferecer. 


Em vez disso irei sempre preferir um "Infelizmente as nossas necessidades nem sempre poderão ser realizadas e devemos ficar gratos por aquilo que se disponibilizam a oferecer". É que, parecendo que não, a frase anteriormente referida leva-nos a pensar diferente. Transmite-nos que o egoísmo, por vezes, nos trai e temos que tomar consciência dele e do seu poder de corromper a melhor das personalidades e que, mesmo sendo gratos por tudo o que nos dão, é-nos permitido, sem represálias, ambicionar sempre um melhoramento e aperfeiçoamento da oferta, tornando-se esta sempre mais personalizada, de acordo com as necessidades do momento. 


A humildade da aceitação do que o outro nos dá não implica que não ambicionemos mais e melhor. Nunca vi a exigência crescente e a expectativa constante como partes negativas de uma relação entre dois seres humanos. Para muitos será uma estúpida construção frásica e um mero problema de expressão. Para mim é um ensinamento. 


Já cometi erros suficientes na transmissão da verdade para poder assumir este pensamento. (Sim, volta e meio ainda utilizo a primeira expressão em vez da segunda.) É que mais depressa a humildade passa por se ter aquela atenção especial na forma como queremos ensinar o outro do que exclusivamente na verdade transmitida. 


Amor com amor se paga! 

E mais importante do que ter razão, é ser-se feliz!


Vai-se crescendo, amadurecendo!*

terça-feira, 5 de julho de 2011

Se isto não é amor é o quê?! #12




Afinal ele é capaz de estar concentrado nas provas de patinagem e estar, ao mesmo tempo, a ouvir-me falar embevecida sobre o casamento que fui no passado sábado. Concerteza iriam ficar boquiabertos com a super repetição que fez dos pormenores que mencionei na conversa. Parecia que me estava a ouvir. Eu fiquei surpresa... e nem mesmo a minha capacidade atómica de gravar tudo o que acontece consegue ultrapassar tal nível de reprodução exacta! Rendo-me às evidências...

O meu pai tem um problema... GRAVE!


O meu pai tem 2 carros. O dele e o "meu"! Pagou pelos 2. Ok, o dele é mais recente. A nossa casa tem uma rampa, cujo portão, com abertura super fácil, separa a propriedade da via. Quando eu deixo o "meu" carro na rampa e o dele tem que ficar na rua, a uns escassos 5 metros, ele sofre de perturbações no sono. Ele sonha com assaltos e vai lá abaixo ver o que se passa e não vê o carro dele e quase tem um ataque.
Hoje deixei o carro na rampa. Ele quando chegou para jantar já vinha com perturbações de humor. Mal saí para o café foi colocar o dele na rampa. 
Eu não posso sair com o carro dele. Há ali qualquer botão de alarme que acciona mal eu falo em trocar de carro... esteja ele no rés-do-chão ou no primeiro andar. 
No meu ponto de vista, há assim mais uma meia dúzia de coisas com que vale a pena preocupar-se a sério... mas isso são só teorias minhas! Há dias que os genes que partilho com ele se enervam todos, sujeitando-me a mutações graves nos mesmos! Jizaz!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

I'M FEELING THIS #9



Algumas pessoas vieram criticar o facto de uma pessoa com duas separações no “currículo” não ter moral para falar sobre como fazer uma relação funcionar. Muito certinho. Será a mesma coisa que dizer que o Mourinho não percebe nada de futebol porque já foi despedido do Chelsea, ou dizer que um pai não tem moral para educar os filhos porque ele próprio cometeu erros em criança. É apenas estúpido.

(...)

Depois, também acho uma certa graça a quem acha que quem já se separou é porque não sabe como as coisas funcionam numa relação. É precisamente o oposto. É perante as crises, os problemas, as situações no limiar da separação que percebemos o que está a correr mal, o que é para nós inaceitável, intolerável, e traçamos a nossa linha, para lá da qual se torna impossível conviver. Uma pessoa que nunca tem conflitos, nem problemas, nem discussões, não sabe onde está essa linha, não se conhece, não conhece o outro, não conhece a relação.

(...)

Quando nos metemos noutra, já nos conhecemos melhor, já somos mais cépticos, mais ou menos tolerantes, já aprendemos com o erro que cometemos, e não vamos querer entrar noutra aventura. Só que não há nenhuma garantia de que não vamos voltar a errar. O que há, sim, é a certeza de que nos conhecemos melhor, de que sabemos melhor o que queremos para a nossa vida, aprendemos a medir melhor o erro. Podemos voltar a bater com a cabeça na parede, mas eu acredito que isso só fará com que na relação seguinte percebamos ainda melhor o que queremos para nós e para a nossa vida.

Ter duas separações não me tira a legitimidade para falar de como uma relação pode funcionar. Se tivesse três ou quatro, se tivesse tido 20 namoradas e aprendido um bocadinho com todas elas, se calhar, até teria mais.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

E o episódio anterior gerou, nada mais nada menos, que isto...



Eu já tomei decisões que, aos olhos de muitos, eram estúpidas a valer. Quem as compreendeu foram aqueles que sempre se disponibilizaram para olhar e ver na mesma direcção que eu. Elogiaram a coragem e a ambição desmedida que colocava em situações de todo impensáveis. Mas o que as tornou reais foi a crença e a fé que depositei em cada uma delas. Quando decido estupidamente acredito no potencial de vida que essa decisão comporta em si. Coloco-a no meu pensamento e dou-lhe um futuro que, na maior parte das vezes, é muito mais do que realmente vem a ser. Mas não faz mal! Não são as altas expectativas que não são realizadas que me deixam frustrada... são antes as baixas expectativas ou a ausência delas. Por muito que as altas fiquem aquém do que foi pensado, algo acaba por se tornar verdadeiro. Quando as expectativas são baixas ou não existem, a probabilidade de algo acontecer é drasticamente diminuída.

Somos nós que criamos aquilo a que chamamos de vida. Somos nós que lhe damos o cenário, as personagens, o argumento e a realização. Somos nós que a adornamos com os adereços. Não deixemos de viver o nosso espetáculo no seu máximo. Criar implica acreditar no futuro do produto final, implica colocar o todo que somos no desenvolvimento do mesmo, sem medo. Aspiremos ao que de melhor somos, acreditemos na nossa capacidade de mudar, de ser especial, de marcar uma vida. E lembremo-nos que relacionar-nos com o outro é mais que uma mera sensação de ligação. Se não nos sentirmos "intrínsecados" não podemos dizer nem sentir que vivemos numa relação. Há pontos que se têm que ir tocando, criando amarras que sustêm sentimentos. E numa relação a dois, o "conto de seres humanos" que vão vivenciando também tem personagens secundárias. Seria de todo mais fácil e menos problemático centrarmo-nos e vivermos dos nossos problemas e dos nossos sentimentos enquanto casais. Mas já existíamos antes de criar a tal relação a dois, já tínhamos uma vida, com mais ou menos telhados de vidro, já éramos um ser especial e único... e se não trabalharmos de forma a "intrínsecar" as duas vidas nunca passaremos da mera ligação! É claro que isto implica exposição, libertação de amarras, confiança e entrega... mas se já tomamos tantas decisões estúpidas na vida, podemos tomar mais uma e, quiçá, não é desta que acertamos e acaba por ser o que de melhor nos aconteceu... a relação partilhada, a casa de sonho em que podemos repousar o nosso coração e, simplesmente, ser feliz!

Da forma como um episódio de "How i met your mother" me coloca com certezas, definições claras e objectivas e esperança no coração...



Lily - Ted, tu não podes simplesmente saltar para a parte em que escolhes onde queres passar o resto da tua vida. Não é assim que funciona.

Robin - Esta pode ser a coisa mais estúpida que já fizeste na vida.

Marshall - Vá, todos já fizemos coisas estúpidas na vida.

(...)

Barney - Vais fazer uma inspecção a isto agora? És estúpido ou quê?

Marshall - Continuemos a lembrar-nos que já TODOS nós fizemos coisas estúpidas na vida.

(...)

Lily - Pára, Ted! Não podes ficar com esta casa, é um grande erro! Devias ter esperado para saber quais eram os seus problemas.

Ted - Podemos sempre encontrar problemas nas nossas decisões mas NÃO PODEMOS DEIXAR QUE ELES NOS IMPEÇAM DE AS TOMAR. No primeiro ano da faculdade o Marshall já sabia que queria passar o resto da vida dele contigo. E se tivesse lá aparecido alguém para lhe dar uma 2ª opinião? Mas não... Ele foi em frente, no que parecia ser estúpido, e foi a melhor coisa que já vos aconteceu.

Lily - Normalmente quando tomamos uma decisão estúpida na vida temos que viver com ela.

Ted - Até podem haver problemas como dizes mas eu vejo esta casa PELO QUE PODE VIR A SER. Vejo um baloiço naquela árvore, lá fora. Vejo uma coroa de Natal naquela porta. Vejo um grelhador no terraço onde vou fazer um churrasco todos os fins de semana. VEJO UMA VIDA QUE SEI QUE POSSO TER AQUI.
(...)
Sinto que todos estão a progredir menos eu. Estou nesta vida à demasiado tempo e sinto que estou pronto para outra: PARA A VIDA QUE COMBINA COM ESTA CASA.

Por vezes, as melhores decisões são aquelas que não fazem sentido nenhum. Podem acusar-nos de termos um coração bêbado e de criança que nos leva sempre a cometê-las. A verdade é que não devemos desistir da casa dos nossos sonhos porque é esta a verdade sobre as decisões estúpidas: todos as tomamos e o tempo é caprichoso... mas também é mágico e pode pegar numa decisão estúpida e transformá-la numa coisa completamente diferente.